Em coletiva à imprensa concedida na manhã de hoje (19.02), os delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, Fausto Freitas e Marcel Oliveira, prestaram informações parciais sobre as circunstâncias do desaparecimento e morte da empresária Rosemeire Perin.
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Rosemeire estava desaparecida desde terça (16.02) e foi encontrada morta na tarde de ontem, na Passagem da Conceição, em Várzea Grande. Ela morava em Cuiabá. Os dois suspeitos pelo crime já foram presos.
De acordo com o delegado Marcel, Rosemeire trabalhava no ramo de produtos de festas, máquinas de sorvete, copos, pratos e talheres de plásticos, há mais de 10 anos.
A empresária já tinha negócios com o acusado, ela teria vendido para ele uma máquina de sorvetes. No dia do crime, ela teria ido até a residência do suspeito, no bairro Jardim Glória II, em Várzea, para levar um produto que ele teria adquirido.
Uma dívida de pouco mais de R$1.400 mil teria sido o motivo do crime, segundo o delegado Marcel Gomes de Oliveira. O acusado Jeferson adquiriu uma máquina de sorvete no mês de março de 2020, no valor de R$ 7 mil, e logo após a compra, a máquina apresentou um problema, e o valor da manutenção saiu por R$ 2.100 mil, desse valor ele ficou devendo R$ 850 reais para vítima, a partir do mês de novembro passado. Com a pandemia, ocorreram alguns problemas com o comércio do acusado, que era vendedor de sorvete em um supermercado do município.
Jeferson teria decidido voltar para os negócios, e precisava de um novo produto, que seria um batedor de milk shakes, e este aparelho custaria cerca de R$400. No comércio, o acusado também estava mexendo com “churrasquinho”, e fez uma nova aquisição com a vítima, de pratos plásticos, que custaram R$ 156, então R$ 566, mais os R$ 850 que ele já devia para a vítima, totalizando R$ 1.406 mil.
Na ocasião a empresária foi cobrar a dívida, assim como testar o equipamento fornecido na residência de Jefferson, uma quitinete, ele então não gostou da cobrança e deu uma gravata na vítima, e ela desmaiou. Aproveitando que ela estava desacordada, ele amarrou as mãos e os pés com uma fita adesiva e também amordaçou a boca dela com uma meia e fita adesiva, para ela não gritar quando retomasse a consciência.
Em depoimento, Jeferson contou que quando Rosemeire acordou ele passou por um momento de desespero, pensando que poderia ser preso novamente, se caso ela o denunciasse pela gravata.
Ele então pegou uma faca de 30 centímetros e desferiu de duas a três facadas no pescoço da empresária. Ele relatou ainda que após cometer o crime foi procurar um parente, e dito que teria feito ‘merda’ e precisaria de ajuda. O parente teria se recusado, pois já estaria cansado das ‘merdas’ do acusado.
Segundo o delegado, após a recusa do parente, Jefferson procurou ajuda com o suspeito Pedro, sócio do lava-jato onde o assassino trabalhava que também já foi preso. Por volta das 22 horas do dia 16, o comparsa foi até a casa do assassino e ajudou a “embrulhar” o corpo da empresária. O corpo foi enrolado em um lençol, uma lona preta e um edredom, colocado no veículo e jogado às margens da Passagem da Conceição.
A conclusão do inquérito foi baseada em provas recolhidas na residência do acusado, que não deixaram dúvidas, conforme os delegados.
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