A cantora transexual e suplente de vereadora pelo PSDB em Sinop, município a 479 km de Cuiabá, Santrosa Batidão, 27 anos, que foi encontrada decapitada neste domingo (10.11) em uma área de mata na região dos Vilas, era conhecida por sua postura polêmica e por sua ativa participação política na cidade.
Em setembro e dezembro do ano passado, Santrosa fez críticas contundentes à Prefeitura de Sinop. A primeira ocorreu durante um evento em que se apresentava, quando ela manifestou insatisfação com a estrutura do palco, afirmando que suas solicitações não foram atendidas. Na ocasião, destacou que continuaria a interagir com o público de forma honesta e transparente.
Em outro momento, Santrosa produziu um vídeo satírico em resposta ao não cumprimento, por parte da Prefeitura, da promessa de entrega do Residencial Nico Baracat.
Delegado diz que cantora foi alvo do CV
Após o corpo ser encontrado em condições chocantes, o delegado Bráulio Junqueira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), declarou que Santrosa foi alvo do Comando Vermelho (CV), pois estaria contrariando os interesses da facção.
Segundo o delegado, pela forma covarde que a facção executou Batidão, deixa claro que a cantora era considerada uma inimiga do Comando.
Junqueira ressaltou que de acordo com informações iniciais, Santrosa estava falando demais e na linguagem de faccionados seria "cagueta". "O que temos é a certeza de que quem executou foram integrantes de uma facção. Então agora vamos apurar os fatos e saber porque ela era considerada inimiga", frisou o delegado.
Corpo encontrado em condições chocantes
O corpo foi decapitado e estava com mãos e pernas amarradas. Santrosa foi candidata a vereadora no último pleito pelo PSDB, tendo obtido 121 votos e ficando como suplente. Além de sua atuação na política, ela também era cantora e uma figura conhecida na comunidade.
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