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Polícia Segunda-feira, 11 de Novembro de 2024, 12:56 - A | A

Segunda-feira, 11 de Novembro de 2024, 12h:56 - A | A

OPERAÇÃO NÃO POD

Quatro pessoas foram presas durante operação contra venda de cigarros eletrônicos em Cuiabá e VG

Foram apreendidos centenas de cigarros eletrônicos, essências e acessórios

Redação VGN

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e do Procon Estadual de Mato Grosso, deflagrou, na manhã desta segunda-feira (11.11), a Operação Não Pod, com o objetivo de combater a venda de dispositivos eletrônicos para fumo (DEFs) em Cuiabá e Várzea Grande.

Durante as investigações conduzidas pela Polícia Civil, foram identificadas cinco lojas em Cuiabá e uma em Várzea Grande que comercializavam vapers, pods e outros tipos de dispositivos eletrônicos, além de essências e acessórios para cigarros eletrônicos.

No Brasil, a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar — conhecidos como cigarro eletrônico, e-cigaretes, e-ciggy, ecigar, entre outros dispositivos, incluindo quaisquer acessórios e refis destinados ao uso em dispositivos eletrônicos — estão proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009.

Durante a operação conjunta, foram apreendidos centenas de cigarros eletrônicos, essências e acessórios destinados ao uso em dispositivos eletrônicos para fumar. Além disso, quatro pessoas foram presas em flagrante por comercializar o material apreendido. As fiscalizações nos estabelecimentos identificados foram realizadas por policiais civis da Decon, com o apoio de equipes da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), da 3ª Delegacia de Polícia de Cuiabá e da Gerência de Operações Especiais (GOE).

O delegado titular da Decon, Rogério Ferreira, instaurou inquéritos policiais para apurar as condutas dos proprietários e gerentes das lojas alvo da operação. “Os responsáveis pela comercialização ilegal responderão por crime contra as relações de consumo, com pena de prisão de até 5 anos e multa, enquanto o Procon Estadual autuou administrativamente as empresas flagradas”, declarou o delegado.

Riscos

Popular especialmente entre os jovens, os cigarros eletrônicos — particularmente os descartáveis, que possuem sabores doces ou frutados e embalagens coloridas que remetem a doces — são considerados uma opção atraente.

Entretanto, uma pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) revelou que, no Brasil, o cigarro convencional possui uma limitação de 1 mg de nicotina, enquanto os cigarros eletrônicos podem conter até 57 mg de nicotina por ml. Um estudo da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, apontou a presença de milhares de produtos químicos não identificados em dispositivos eletrônicos para fumar, ou seja, substâncias que não constavam na lista fornecida pelos fabricantes. Ademais, é sabido que a inalação de compostos conhecidos presentes nesses aparelhos, como propilenoglicol e metais, é tóxica e pode causar câncer. (Com assessoria)

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