O novo titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Caio Albuquerque, declarou em entrevista ao na manhã desta quinta-feira (23.01), que é essencial desmistificar a ideia de que uma pessoa que faz um gesto ou sinal vai descambar para o resultado de morte. Segundo ele, é uma falácia que pode gerar uma sensação de insegurança, medo e até mesmo alimentar o caos social.
Segundo Caio, essa ideia precisa ser afastada assim como a conversa de que a pessoa que veio de outro Estado pode ser vítima de assassinato, como nos casos relatados de que pessoas vindo do Estado do Maranhão são mortas em Mato Grosso. Albuquerque frisou que a delegacia de homicídios serve para identificar o porquê essas pessoas desapareceram ou foram mortas.
“A gente precisa entender as coisas, senão fica uma sensação de insegurança, de medo, um caos. O que a gente tem que demonstrar é porque determinada pessoa morreu. E digo, asseguro, não é por conta de sinal, é por conta de um motivo que a investigação vai revelar. A gente sabe que facções e organizações criminosas têm os ditames, têm descumprimento, alguma coisa que a vítima fez. Mas, concretamente demonstrado que descambou no homicídio”, ressaltou.
Questionado se o modus operandi das facções criminosos ajuda a desvendar os crimes, Caio disse que o modo operante da execução equivale ao modo como os faccionados agem com brutalidade, muita selvageria, pessoas amarradas, às vezes pessoas amputadas e decapitadas.
“Mas isso é um dado concreto. Como eu disse: A investigação os casos revelam que eles agem assim, mas isso documentalmente falando. Isso é um dado concreto que a gente pode dizer, ó, tem similitude com o homicídio de facção. Mas, volto a dizer, é o que está nos autos do inquérito policial. A gente precisa afastar um pouco da conversa, da falácia, do comentário e ver o que de fato tem para voltar a sensação de calma e de segurança”, concluiu o delegado Caio Albuquerque.
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