Jefferson Rudy/Agência Senado
Auditor diz que texto era rascunho e que versão divulgada por Bolsonaro foi alterada
O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu por 45 dias, sem direito a salário, o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, acusado de ser o autor de um documento paralelo que colocava em dúvida o número de mortes por Covid-19 no Brasil. A decisão foi publicada no Diário Oficial do órgão.
“DECIDINDO, em Processo Administrativo Disciplinar, responsabilizar o servidor ALEXANDRE FIGUEIREDO COSTA SILVA MARQUES, AUFC, Matrícula .., pelo descumprimento do disposto no art. 116, incisos I, II, III, VIII e IX, da Lei 8.112/1990, devendo ser-lhe aplicada a penalidade de suspensão, fixada em 45 (quarenta e cinco) dias, sem possibilidade de conversão em multa e com pleno afastamento de suas atribuições, com base no art. 127, inciso II, c/c o art. 129 da Lei 8.112/1990”, diz trecho da publicação.
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O documento sugeria, sem nenhum embasamento, que cerca de metade das mortes registradas como consequência da Covid-19 em 2020 seria causada por outras motivações. Posteriormente, no mês de junho, o documento foi divulgado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Em explicações concedidas ao TCU, Alexandre Silva disse que o relatório era apenas um rascunho, e que a versão usada por Bolsonaro contestado dados dos números de óbitos pelo coronavírus havia sido alterada. O auditor chegou a ser afastado das funções em decorrência do episódio.
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