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Cidades Domingo, 18 de Agosto de 2019, 10:20 - A | A

Domingo, 18 de Agosto de 2019, 10h:20 - A | A

grampos ilegais

“Braço direito” de ex-secretário conhecia plano para ouvir desembargador, revelou militar

Larissa Malheiros/VGNotícias

gustavo

 Delegado Gustavo Garcia

O ex-secretário de Segurança Pública, delegado Gustavo Garcia, supostamente conhecia o plano do grupo criminoso envolvendo policiais militares e ex-secretários que tentaram escutar clandestinamente o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, para que fosse levantada a suspeição, e o magistrado deixasse o caso dos grampos ilegais, na ação que originou a Operação Esdras.

O tenente-coronel da Polícia Militar (PM), José Henrique da Costa Soares, escrivão no Inquérito da PM, sobre os grampos ilegais no Estado, foi cooptado pelo grupo sob ameaça e proposta de promoção na carreira para gravar uma reunião com Perri e, assim, obter frases que pudessem levantar a suspeição, contou em seu depoimento que o coronel da PM, réu no processo dos grampos, Evandro Lesco, disse que alguém a mando do secretário de Segurança Pública, à época, Rogers Jarbas, iria procurá-lo para fechar o plano.

Foi quando Soares foi abordado pelo major da PM, Michael Ferronato (assessor de Jarbas) em uma Peixaria da Capital, acompanhado naquela oportunidade, do então secretário-adjunto de Inteligência, Gustavo Garcia, e de outro major, identificado nos autos como Alessandro. José Henrique da Costa Soares, contou que ali, Ferronato falou em nome de Jarbas que prometeu a promoção para coronel em troca da execução do plano.

“A primeira abordagem que aconteceu nesse dia, no encontro com Maj. Ferronato foi ele mesmo que me abordou, no primeiro plano, primeiro momento. No local estava ele, Maj. Alessandro, atual Secretário de Segurança Pública, Dr. Gustavo. Então, no dia lá, ele era Secretário-Adjunto, senão me engano”, diz trecho do seu depoimento ainda em 2017.

A tentativa de escutar o desembargador foi descoberta e levou várias pessoas para a cadeia entre elas; os ex-secretários da Casa Civil, Paulo Taques, de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira Junior, Segurança Pública, Rogers Elizandro Jarbas, de a Casa Militar, Evandro Lesco, o sargento João Ricardo Soler, o major Michel Ferronato e ainda a personal trainer Helen Christy Lesco. No entanto, Gustavo ficou de fora das acusações.

O suposto envolvimento de Gustavo não para por aí. Ainda segundo as investigações, Garcia era homem de confiança de Jarbas, tanto que quando Jarbas ocupava o cargo de presidente do Detran de Mato Grosso, nomeou a esposa do colega, para ser diretora de veículos do Detran. 

Segundo fonte do oticias, a esposa do Gustavo, nomeada pelo Rogers no DETRAN, como chefe, também foi quem correu para a casa do major Ferronato quando foram cumprir o mandado de busca e prisão na casa dele.

No entanto, também pesa sob Gustavo sua participação no colhimento do depoimento da delegada Alana Derlene Souza Cardoso sem as medidas adequadas, configurando “embaraço das investigações”.

Jarbas responde na ação por este episódio e colocou Garcia como testemunha, mas o amigo não foi ouvido “por ter tido participação direta no embaraço das investigações, levantando-se suspeitas preliminares acerca do mesmo também integrarem a organização criminosa”.

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