Nesse sábado (27), um fato inusitado ocorreu durante a transferência de uma paciente, entre o Distrito de Conselvan e o município de Aripuanã, a 1.200 km de Cuiabá. Circulou nesse final de semana nas redes sociais, um vídeo onde a paciente, cuja identidade não foi revelada, grava momentos de pavor que passou durante o trajeto, visto que ela aparece deitada na maca e a porta da ambulância está aberta.
Desesperada e sozinha, ela mostra a porta aberta, e chorando pede por socorro. "Eu estou dentro da ambulância sozinha, a enfermeira foi lá dentro e deixou a porta aberta. Eu já gritei tanto e o motorista não para. Ai que medo, deixou a porta e ele não para [veículo]. Oh E**** me ajuda", relata a mulher.
Após repercussão, a prefeita da cidade, Seluir Peixer Reghin, juntamente com o médico da unidade de saúde para onde foi levada a paciente, Helder Wagner Barros Saraiva, a secretária de Saúde, Elenil Campos Benevides, e o coordenador jurídico, Mateus Roveda, gravaram um vídeo no hospital, se pronunciando sobre o fato, e alegando que os profissionais da saúde, envolvidos no episódio, foram afastados de suas funções.
De acordo com Seluir, eles foram até a unidade de saúde após tomar conhecimento dos fatos e justificou que providências já foram tomadas. Segundo o coordenador jurídico, ambos os servidores, motorista e enfermeira, foram afastados dos cargos.
Segundo Mateus, a partir desta segunda (29), a servidora será exonerada e o servidor, por ser efetivo do quadro da Prefeitura, responderá um processo administrativo (PAD), que apurará sua conduta. Roveda ressaltou que o motorista terá seu direito de ampla defesa e contraditório dentro do processo administrativo.
O médico Helder Wagner explicou que o quadro de saúde da paciente não é grave, mas ela ficará sendo monitorada e medicada e deve receber alta em dois dias.
Nota na íntegra:
A Prefeitura Municipal de Aripuanã, por intermédio da Secretária Municipal de Saúde, designada nesta, vem por intermédio deste, comunicar o afastamento do Servidor de imediato, pelos fatos narrados pela paciente a qual relata que foi "abandonada" pela técnica de enfermagem, durante o transporte do Distrito de Conselvan, a paciente relata que fico desassistida no transcorrer do transporte até a sede do Município.
Acervamos que o afastamento da servidora se justifica pela gravidade dos fatos, a qual permitiu que a técnica viesse no banco da frente da ambulância e ainda não checou que a porta da ambulância estava aberta durante o percurso. Afirmamos que a ambulância está em perfeito Estado, não justificando a porta vir aberta, já que a mesma estava apta ao transporte de pacientes. Os demais fatos serão apurados por processo administrativo, garantindo ao envolvido direito de contraditório e ampla defesa.
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