Principal jogador da seleção brasileira nos últimos quatro anos, Neymar sai de sua primeira Copa do Mundo com uma vértebra fraturada mas, por incrível que pareça, fortalecido, em meio a um grupo que vai carregar eternamente o peso das derrotas para Alemanha e Holanda nos dois últimos jogos. Calejado por ter recebido a missão de carregar a seleção brasileira no Mundial e com o sonho interrompido por uma joelhada nas costas, o craque está ainda mais maduro.
O Neymar tem apenas 22 anos, mas já tem a experiência de quem tem 35 – disse Felipão em diversos momentos da Copa do Mundo de 2014.
O técnico tem razão. Dentro e fora de campo, o camisa 10 deu inúmeras demonstrações de sua experiência. Se lá atrás, em 2010, quando houve um clamor popular para que Dunga o convocasse, ele ainda era apenas um garoto com potencial, hoje Neymar é, sem dúvida, o melhor jogador brasileiro em atividade.
O atacante larga nesse novo ciclo para a Copa do Mundo de 2018, mais uma vez, como a principal esperança do hexa. Só o tempo vai responder se até lá Neymar vai ter mais alguém ao seu lado para dividir essa responsabilidade na mesma intensidade.
Ainda não tem como pensar daqui a quatro anos. Dessa vez (2014), fizemos de tudo para conseguir. Tivemos a oportunidade de marcar positivamente o nosso nome na história. Não deu. Não fizemos uma campanha boa. Demonstramos um futebol regular. Não mostramos futebol de seleção brasileira, que encanta – falou Neymar, em coletiva antes da derrota para a Holanda na disputa de terceiro lugar, em Brasília.
A maturidade de Neymar na sua última coletiva pela Seleção, ainda na Granja Comary, contrastou com o discurso adotado pela comissão técnica e pela maioria dos jogadores, que atribuíram a derrota vexatória por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal, a uma "pane de seis minutos".
Eu não tenho vergonha de dizer que fiz parte da equipe que levou de 7 a 1 da Alemanha – disse o atacante, muito embora estivesse fora por conta da contusão.
Nos cinco jogos que fez nesta Copa do Mundo, Neymar se destacou. Decidiu, com dois gols, a vitória sobre a Croácia. Foi o jogador mais agudo no empate com o México. Fez mais dois na goleada sobre Camarões. Bateu pênalti decisivo nas oitavas contra o Chile e, infelizmente, saiu machucado contra a Colômbia.
O que peço é ser feliz novamente e voltar a jogar. Voltar a dar alegrias ao povo. Voltar a dar alegria aos meus torcedores, às crianças. O meu sonho não acabou, continua... – almeja o craque da seleção brasileira, que com a camisa do Brasil tem 54 jogos e 35 gols, suficiente para colocá-lo como o artilheiro do século.
E até a Copa de 2018 Neymar terá um desafio inédito em sua carreira. Não serão apenas amistosos e competições como Copa América e Copa das Confederações, caso o Brasil esteja na disputa. Desta vez, para chegar à próxima Copa do Mundo, a Seleção terá de passar pelas eliminatórias.
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