Um total de 404 mil trabalhadores do setor comercial ficaram desempregados durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). A informação consta em levantamento realizado pelo PAC (Pesquisa Anual do Comércio) de 2020 e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o levantamento, com a pandemia de Covid-19, medidas de distanciamento social foram incentivadas a fim de reduzir a circulação de pessoas em espaços coletivos públicos e privados para mitigar o avanço da contaminação. Nesse sentido, os estabelecimentos comerciais que se dedicam à revenda de itens não essenciais, e cujas atividades dependem relativamente mais de contato pessoal, foram os mais afetados.
Diante deste cenário, em 2020, comparativamente a 2019, houve uma redução de ao menos 100 mil no número de empresas comerciais ativas no Brasil: de 1,4 milhão de empresas ativas no setor comercial brasileiro para 1,3 milhão.
A pesquisa cita que o setor comercial perdeu 404,1 mil pessoas ocupadas, dos quais 90,4% eram referentes ao comércio varejista, que perdeu 365,4 mil pessoas. Também houve redução de pessoal na atividade de comércio de veículos, peças e motocicletas (-76,6 mil), “o que fez o comércio por atacado ter sido o único responsável por suavizar os impactos negativos, uma vez que aumentou o emprego em 37,9 mil pessoas.
Os dados apontam que das nove atividades que compreendem o segmento de comércio varejista, apenas o de hipermercados e supermercados (1,8 mil pessoas) e o de comércio varejista de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos (318 pessoas) apresentaram incremento, ainda que discreto, no volume de mão-de-obra.
Ainda segundo o levantamento, destacou-se ainda a redução na atividade de comércio varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho (-176,6 mil), que representa uma perda de 15,3% do volume de pessoas ocupadas com relação ao ano de 2019.