O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antonio Henrique da Silveira, disse nesta quarta-feira (16) que a defasagem no valor da gasolina no Brasil em relação ao internacional é de cerca de 7% e que um reajuste no preço do combustível neste patamar é “plausível”. Ele apontou, entretanto, que o governo ainda não decidiu quando será este aumento.
Silveira informou ainda que, antes de abril, não deve haver aumento no percentual da mistura de etanol na gasolina, dos atuais 20% para 25%. De acordo com ele, neste momento ocorre a entressafra na produção do etanol e a prioridade do governo é garantir o abastecimento.
Ainda segundo Silveira, o impacto do aumento dos combustíveis na inflação vai depender da data de aplicação do reajuste e da sua intensidade. O secretário informou que a defasagem do diesel no Brasil, em relação ao preço internacional, varia entre 4% e 5%.
Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” da terça (15) informa que o governo deve anunciar na próxima semana um reajuste de 7% para a gasolina. Também na terça, o ministro interino da Fazenda, Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional, declarou que não há "decisão" sobre o aumento do preço da gasolina no país.
No fim do ano passado, o ministro Guido Mantega , titular do Ministério da Fazenda , anunciou que haverá aumento no preço da gasolina neste ano. Entretanto, ele não informou quando será anunciado o reajuste, e nem qual o percentual de correção.
"Certamente, haverá aumento em 2013. Não é nada excepcional isso. Neste ano, teve aumento. O preço vai subir", declarou ele na ocasião. Mantega também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras. "No momento correto, a Petrobras anunciará o reajuste. Haverá aumento no momento adequado, que não sei dizer. Se soubesse, não diria porque mexe com o mercado", afirmou ele em dezembro de 2012.