A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apontou no primeiro semestre deste ano, que os cuiabanos conseguiram controlar os gastos excessivos.
Consta de um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com o Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MT (IPF-MT), que 73% das famílias na Capital possuem contas parceladas, pouco mais do que o registrado em janeiro (72,7%) e inferior ao verificado em junho do ano passado (74,7%).
É um pouco mais do que o registrado em janeiro (72,7%), mas menos que o verificado no mesmo período do ano passado (74,7%).
Já o número de famílias inadimplentes, ou seja, que atrasaram ou não pagaram as contas, o ritmo é de queda. Com relação às famílias que disseram estar com contas em atraso, o recuo observado de janeiro a junho foi de dois pontos percentuais, passando de 35,5% para 33,5%. A mesma retração é observada nas famílias que alegaram não ter condições de quitá-las, de 11,7% em janeiro para 9,7% em junho. A variação negativa é ainda maior no comparativo anual para as duas situações, atingindo, na época, 42,4% e 17,2%, respectivamente.
RECUPERAÇÃO ECONÔMICA - Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, os dados mostram uma recuperação gradual da economia. Ele lembra que empresários já têm mais expectativa de fazer novas contratações e que o PIB vem registrando aumento.
“Essa recuperação vai contribuir para os melhores índices de endividamento e inadimplência dos consumidores”.
Os números de Mato Grosso se assemelham à média nacional.
O cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida. Cerca de 70% das famílias têm débitos desse tipo. Em seguida, aparecem os boletos (38,9%).
As famílias que recebem até 10 salários mínimos puxaram para baixo o uso do cartão (69,2%), enquanto as que recebem acima de 10 salários aumentaram o uso, totalizando 85,4%.
Com relação à parcela da renda familiar comprometida com dívida, a pesquisa mostra que os cuiabanos gastam 24,3% de seus orçamentos. Em janeiro, esse percentual era de 22% e, em junho do ano passado, era de 25%.
Em ambas as datas, a situação é considerada aceitável por não ultrapassar os 30% da renda da família.
De acordo com o IPF de Mato Grosso, os números do estado se assemelham à média nacional, o que reflete o bom desempenho da economia local, em expansão mesmo durante a pandemia. “Mesmo com a reabertura gradual do comércio, diversos segmentos sofreram mais com o fechamento do comércio por um longo período, como o de eventos e turismo”, explicou o diretor de pesquisas do IPF-MT, Maurício Munhoz.
O uso do cartão de crédito é tido como o principal tipo de dívida para 70% das famílias, seguido dos boletos (38,9%), situação um pouco inferior se comparado a janeiro de 2021 e a junho do ano passado. As famílias que recebem até 10 salários mínimos puxaram para baixo o uso do cartão (69,2%), enquanto as que recebem acima de 10 s.m. aumentaram o uso do cartão, totalizando 85,4%.
Com relação à parcela da renda comprometida com dívida, a pesquisa atual mostra que os cuiabanos comprometem 24,3% da renda familiar, pouco mais de 22,2% do registrado em janeiro e levemente menor dos 25,3% verificados em junho de 2020. Em ambas as datas, a situação é considerada aceitável por não ultrapassar os 30% da renda da família.
O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.
COMPARAÇÃO - Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que dois em cada três brasileiros esperam que o tempo de recuperação da economia brasileira será superior a um ano. Diante do cenário de crise e incerteza, 35% das pessoas pretendem reduzir o nível de consumo de bens e serviços em 2021 na comparação com o pré-pandemia e 41% afirmam que irão manter.
A maior parte da população usou o auxílio emergencial para comprar alimentos, roupas, produtos de higiene, limpeza ou algum outro tipo de bem de consumo, assinalado por praticamente metade dos entrevistados (49%). Outros 30% pagaram contas de água, energia elétrica ou gás. Já 18% afirmaram que usaram o dinheiro para pagar dívidas. Apenas 2% guardaram o dinheiro do auxílio.