A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenadoria de Vigilância Sanitária e das Gerências de Fiscalização Sanitária e de Produtos e Serviços, realizou uma inspeção na Penitenciária Central do Estado (PCE) em dezembro. Durante a ação, foram coletadas oito amostras de água, das quais sete apresentaram a presença de coliformes totais e da bactéria Escherichia coli, sendo classificadas como impróprias para consumo humano.
Além disso, foram identificadas irregularidades no preparo dos alimentos fornecidos no local. O documento, resultado da inspeção, veio a público nesta segunda-feira (24.02) e foi obtido pela reportagem do .
As amostras de água foram recolhidas nos dias 16 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2025 em diversos locais da PCE, incluindo o raio 08, onde se encontram os presidiários, além de refeitórios destinados aos policiais de plantão, o refeitório administrativo, à copa e o refeitório interno dos trabalhadores.
Além da contaminação, as amostras apresentaram níveis de cloro residual livre abaixo do recomendado para a adequada sanitização da água.
Já as amostras de marmitas foram coletadas na empresa Novo Sabor Refeições Coletivas Ltda., responsável pelo fornecimento de alimentos. No local de preparo das refeições, a Vigilância Sanitária identificou diversas inconformidades, incluindo o manejo inadequado de resíduos, falhas nas áreas de produção e armazenamento dos alimentos, e problemas no transporte. Além disso, foram apontadas questões em relação à higiene do ambiente. Diante dessas irregularidades, foi solicitada à empresa a implementação de melhorias para adequação às normas sanitárias.
Leia também- Miniestádio no bairro Jardim dos Estados em VG vai custar R$ 2 milhões
Entre as inconformidades identificadas na PCE, estão a ausência de barreiras de proteção nos cinco poços artesianos e reservatórios, a falta de um sistema de filtração de impurezas e cloração da água ao ser transferida dos poços para os reservatórios, não evidenciado comprovante de limpeza e higienização dos reservatórios de água, a ausência de registro dos poços junto à Vigilância Sanitária, além da não apresentação da outorga de direito de uso de água subterrânea, expedida pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema).
“Diante do exposto acima e do contexto observado durante a inspeção, foi constatado a presença de Coliformes Totais e Escherichia Coli nas amostras de água, sendo considerada imprópria para o consumo humano. Portanto, a Equipe de Fiscalização NOTIFICA proprietário/responsável pelo estabelecimento a adequar à legislação vigente, as NÃO CONFORMIDADES relacionadas, no item V do presente relatório técnico, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de entrega deste documento”, consta no relatório.
O que diz a Secretaria de Justiça
A equipe da reportagem do entrou em contato com a Secretaria de Justiça de Mato Grosso para apurar se as medidas solicitadas pelo relatório já foram adotadas. Nenhuma resposta foi enviada até o momento.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).