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Cidades Segunda-feira, 24 de Maio de 2021, 22:00 - A | A

Segunda-feira, 24 de Maio de 2021, 22h:00 - A | A

Levando a arte para as ruas

Tocando saxofone nas ruas, jovem quer conhecer o mundo

O jovem que se diz aprendiz, contou que já conheceu vários lugares através da música

Gislaine Morais & Edina Araújo/VGN

VGN

Davyd

 Davyd Smthy quer conhecer o mundo tocando saxofone

 

A reportagem do VGN flagrou na noite desta segunda-feira (24.05), o jovem morador de Várzea Grande, Davyd Smthy, como é conhecido no mundo artístico, tocando saxofone na avenida Filinto Muller. Ele que é de de família circense, contou a reportagem que seu sonho é viajar pelo mundo, mas em decorrência da pandemia da Covid-19, as coisas ficaram mais complicadas, então ele procurou na arte meios para conseguir realizar seu sonho.

Smthy disse que começou a vida artística nos semáforos com malabarismo, mas logo percebeu que não era o que queria. Ele então resolveu intercalar a profissão com um personagem de estátua viva. Mas como ainda não era aquilo que ele queria, o artista comprou um violino. “Eu era apaixonado por saxofone, mas o violino era o que o dinheiro dava para comprar. E só depois de muito tempo consegui comprar meu saxofone. O violino abriu portas, mas o sax está sendo melhor”.

Ele disse que muitos falam que no Brasil as pessoas não apoiam, mas, segundo o artista, eles estão enganados, porque ele consegue com o dinheiro que ganha com a arte pagar suas estadias, passagens e a comida. “Graças a essas pessoas que colaboram e se identificam com a arte”.

O jovem contou ainda que a arte sempre esteve presente em sua vida, pois sua família é circense. Mas disse que nunca imaginou que poderia usar a arte como um meio de sobrevivência. “Eu sempre tive a curiosidade de conhecer lugares, culturas e pessoas diferentes, mas achava que podia ser muito caro. Então comecei a pesquisar na internet, ver vídeos de andarilhos e mochileiros e outros artistas de rua, aí fui perguntando e eles me deram as dicas.”, contou ele.

Davyd contou também que já conseguiu viajar do Acre para o Paraguai, para Argenttina, Bolívia e na volta conhecer quase todas as cidades, chegando até seu ponto fixo que é Mato Grosso. “Não imaginava que a arte poderia promover esse tipo de coisa para mim, pois achava que não teria como arrecadar esse dinheiro. Mas graças a Deus estou realizando meus sonhos”, finalizou.

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