Uma servidora concursada, na Escola Municipal Mercedes de Paula, em Várzea Grande, no cargo de técnica administrativa, foi informada sobre um caso de bullying envolvendo um aluno. Nessa segunda-feira (25.03), ela organizou uma palestra para discutir a necessidade de aceitação e respeito mútuo entre os estudantes. Durante a palestra, ela compartilhou sua experiência pessoal, abordando sua jornada de autoconhecimento e aceitação.
A servidora enfatizou a importância de respeitar as diferenças individuais, combatendo preconceitos arraigados na sociedade. Ela falou sobre aprendizado, empatia e inclusão, tratando da aceitação de si e dos outros, independentemente de gênero, orientação sexual, preferências pessoais, crenças religiosas, ou qualquer outra característica associada ao preconceito.
A servidora destacou a importância de não julgar ou ridicularizar as pessoas por suas identidades, ou preferências, questionando a persistência de atitudes discriminatórias na sociedade.
Ela reforçou que todos merecem respeito e aceitação, independentemente de sua identidade ou de quem amam. Com um apelo à compreensão e ao respeito mútuo, salientou que o preconceito e a discriminação podem causar sofrimento, enquanto a aceitação e o apoio promovem um ambiente seguro e acolhedor para todos. Também destacou as consequências legais de atitudes homofóbicas e transfóbicas, lembrando que tais comportamentos são reprováveis moral e legalmente.
Contudo, um vídeo da palestra, gravado anonimamente e compartilhado em grupos de WhatsApp, busca distorcer o objetivo da servidora, alegando que ela estaria promovendo aulas sobre gênero, o que gerou polêmica. Ao , o secretário de Educação de Várzea Grande, Silvio Fidelis, defendeu a servidora, esclarecendo que o foco era sobre preconceito, discriminação e respeito.
Silvio Fidelis, também presidente estadual da Undime e vice-presidente nacional da mesma entidade, afirmou: “A servidora abordou os diversos preconceitos presentes na sociedade, especialmente os relacionados à condição social, orientação sexual, etnia, raça e modo de falar. O intuito era fomentar o respeito mútuo entre os alunos, motivado também por relatos de bullying. Discriminação e preconceito são, além de crimes, contrários aos valores que devemos instigar desde cedo, visando uma sociedade mais justa e fraterna.”
Adicionalmente, Silvio mencionou que determinou à equipe pedagógica da escola acompanhar os casos de bullying e desenvolver um plano de ação para prevenir situações que levem ao constrangimento ou à evasão escolar por medo ou sofrimento.
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