O secretário de Assuntos Estratégicos e de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo Barros, afirmou ao , que não chegou nenhuma emenda no valor de R$ 11 milhões, destinada pelo deputado Federal, Emanuel Pinheiro Neto – popular Emanuelzinho (PTB), ao município, conforme afirmado pelo presidente da Câmara, vereador Fábio Tardin (DEM) – Fabinho, ao jornalista Geraldo Araújo, no programa “VGN no Ar”, desta segunda-feira (13.09).
Gonçalo foi categórico ao afirmar, que até o momento não chegou nenhum centavo desta emenda ao município – que hoje são meras expectativas. “Tem uma promessa, mas não veio nenhum centavo destes R$ 11 milhões prometidos pelo deputado Emanuelzinho até o momento”, assegurou Gonçalo.
Sobre usar a emenda para comprar hidrômetros, caso concretize a emenda do deputado, o secretário esclareceu que a sugestão dos hidrômetros é porque não adianta apenas investir em Estação de Tratamento de Água (ETA), se não houver ações para combater as perdas e os desperdícios.
Barros explicou que 70% do que capta em Várzea Grande são desperdiçados, seja na distribuição por contra encanamentos velhos e antigos ou em ligações clandestinas - “gatos” - que ultrapassam 20 mil ligações desta natureza. “É preciso controlar a má qualidade de rede, que não é da gestão do prefeito Kalil Baracat, mas que vem de diversas gestões passadas e que precisa ser resolvida”.
“O que eu falei na reunião é que tem investimentos sendo feito, a estação de tratamento do Cristo Rei, e do Governo do Estado que será licitada ainda em setembro, conforme garantido pelo governador. E mais uma de 150 litros por segundo que a Prefeitura está licitando”.
Com recursos próprios da Prefeitura, são 320 litros por segundo e entra em funcionamento em outubro; estação e tratamento no Bonsucesso (ETA Bonsucesso), 150 litros por segundo, está sendo licitada, e será lançada em setembro, projeto pronto e aprovado.
Já do Governo do Estado são 250 litros por segundo (ETA Chapéu do Sol) que será lançada em setembro. São 720 litros por segundo em investimento somente este ano.
“Hoje, Várzea Grande capta, trata e distribui 900 litros por segundo. E mais 720 que irá entrar em funcionamento, vamos ter 1.650 litros por segundos. E aí vamos trabalhar para não ter perdas. Se ocorrer até 30% de perdas, não é recomendável, porém é aceitável, com isso vamos atender a população com mais eficiência”.
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Para Gonçalo, o presidente da Câmara, vereador Fabinho, entendeu equivocadamente a proposta, quando disse em investir em hidrômetros. Segundo Gonçalo, este investimento faz parte das ações, não pode ser isolada da outra.
“Se quisermos resolver o problema de fato, sem politicagem e oportunismo, temos que diminuir os desperdícios e investir nas ETAS. O próprio Fabinho afirmou que o prefeito Kalil fez mais investimentos no DAE do que em outra gestão, mas continuam os desperdícios, ou seja, precisa hidrometrar, acabar com as ligações clandestinas para ter mais eficiência no serviço e a água chegar na casa do cidadão”, destacou.
Gonçalo reafirmou que as perdas em Várzea Grande chegam a 70%. Para ele, se não combater o desperdício, pode construir uma ETA em cada esquina que a água não vai chegar com eficiência e força na casa do consumidor. “Recuperando as redes e hidrometrando a cidade, cobrando a conta de forma justa, separando residências de comércios, aís sim o consumidor vai pagar somente o que consume com justiça. A média mundial é que cada pessoa gasta 150 litros por dia. A pretensão seria pautar em cima das famílias que recebem o bolsa-família, se gastar 500 litros ao dia, teria uma cota mínima. É questão de justiça social”, - e questionou - “É justo um comércio pagar o mesmo valor que paga uma família que gasta 500 litros ao dia, quando um comércio gasta 2 mil litros por dia? ”, indagou.
O secretário disse que a proposta do deputado federal Emanuelzinho (PTB), é uma linha tênue, o “fio da navalha”, entendidos por uns como intenção de ajudar o município e por outros como “mera politicagem”, - e alertou – “é preciso ter cuidado para que este tipo de ação não aumente o desespero e desatino das pessoas, caos e falta de esperança. Não é hora de jogar pedra. Sabendo que outubro está para entrar uma ETA em funcionamento e lá na frente dizer que foi por uma ação do parlamentar que chegou a água em Várzea Grande, isso não é correto, nem para a gestão do Kalil e nem para a população. É usar de má-fé, é antiético num momento tão delicado”, finalizou o secretário Gonçalo Barros.
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