Atropelado por um carro desgovernado conduzido por um garoto de 14 anos, o publicitário Rafael Bergman, de 23 anos, continua internado e terá de passar por duas cirurgias, sendo uma na perna e outra no rosto, que ficou bastante ferido após o acidente, ocorrido na noite de terça-feira (26.11), na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. Ele e outras duas pessoas estavam andando na calçada quando foram atropeladas pelo veículo. Uma das vítimas morreu no local.
"Ouvi quando o veículo fez derrapagens na pista e virei. Vi o carro fazendo zig zag em alta velocidade, tentei correr, mas não deu tempo. O carro bateu primeiro no ciclista e depois em mim. O corpo dele caiu em cima de mim", disse Rafael, se referindo ao servidor público Enéas Cardoso Filho, que andava de bicicleta pelo local quando foi atingido pelo veículo e morreu com o impacto da colisão.
Enéas era presidente da Associação de Funcionários da Fazenda do Estado de Mato Grosso (Affemat). Durante o velório dele, familiares e amigos prestaram homenagem à vítima, que tinha 53 anos.
A terceira vítima foi Vanderlei Gomes, que está há sete meses em Cuiabá para trabalhar nas obras da Arena Pantanal e está hospedado no hotel, onde ocorreu o acidente. O estabelecimento teve o portão arrancado pelo veículo, que o adolescente pegou do avô sem pedir autorização. Vanderlei teve fraturas em uma das pernas, mas foi atendido e, em seguida, liberado.
Nesta quarta-feira (27), o garoto foi ouvido pela Polícia Civil. Ele continua detido na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), que fica no Complexo Pomeri, em Cuiabá. O advogado do adolescente, Nelson Pedroso, disse que ele fez tudo por vontade própria. "Ele pegou o carro escondido e saiu de casa", pontuou.
Segundo a Polícia Civil, ele será apresentado ao Ministério Público Estadual e durante o trâmite do processo judicial vai permanecer internado. Para o promotor José Antônio Borges, não deve ser aplicada uma simples advertência e pode permanecer internado por três anos. "A responsabilidade também deve recair sobre os familiares do adolescente, pois os responsáveis devem saber o que ele está fazendo, onde ele está e quando se deixa a chave do carro em local acessível se assume os riscos", pontuou.
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