Familiares de detentos da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, denunciaram ao na tarde desta quarta-feira (29.01) que estão tendo dificuldades em entregar kits de higiene aos internos. Segundo os denunciantes, há somente dois agentes para atender uma demanda de mais de 100 pessoas.
Inicialmente a direção do presídio autorizou que familiares entregassem os kits na terça-feira (28), contudo, devido à grande demanda não foi possível terminar em um dia. A autorização permite que entre duas escovas de dente, seis cremes dentais de 90g, 12 sabonetes, dois desodorantes transparentes e 500g de sabão em pó.
A entrega de kits higiênicos foi liberada após o fechamento dos ‘mercadinhos’ dentro das penitenciárias. Conforme decisão publicada no Diário Oficial do Estado no dia 21 de janeiro, o governador Mauro Mendes (União) vetou parcialmente o Projeto de Lei que sugeria a implantação de cantinas no sistema prisional de Mato Grosso. Leia matéria relacionada - Governador veta trecho da lei e proíbe venda de alimentos em presídios de Mato Grosso
Outro ponto citado pelos denunciantes é que nem advogados estão conseguindo preferência para entregar e atender as necessidades básicas de seus clientes.
“É falta de respeito com os familiares e responsáveis pelas pessoas que estão presas, por ter que passar por essa situação”, afirmou um dos denunciantes.
As denúncias realizadas por familiares de detentos da PCE aumentaram desde a implementação da Operação Tolerância Zero, que visa extinguir o comando de facções criminosas no Estado.
Outra denúncia
Na noite de terça-feira (28), o advogado Pitágoras Pinto de Arruda denunciou violações de direitos humanos na PCE por meio de uma petição enviada ao Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso. Relatos incluem casos de tortura, maus-tratos e atos lesivos à moralidade administrativa. Leia matéria relacionada - Advogado denuncia tortura na Penitenciária Central de Cuiabá e exige intervenção
Outro lado – O entrou em contato com a assessoria das penitenciárias de Mato Grosso para buscar um posicionamento sobre as denúncias supracitadas, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. Espaço segue aberto para manifestações.
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