A psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Univag, Juliana Batista Fitaroni em entrevista ao VGN no Ar nesta terça-feira (17.03) falou sobre medo da população em época de pandemia e sobre o comportamento negacionista em relação a vacina contra Covid-19.
A coordenadora avalia que manter as medidas de biossegurança de forma individual e coletiva contribuem para que as pessoas se sintam mais seguras para controlar e superar o medo.
Ela citou como exemplo de comportamento individual, usar máscara, manter o distanciamento, fazer a higienização e buscar as unidades de saúde para testar, quando estiver desconfiado da infecção. Já como comportamento coletivo, Fitaroni enfatizou sobre a importância de seguir os decretos e as medidas restritivas.
“Porque a gente sente tanto medo, porque pandemia é uma realidade, o risco é real, a gente precisa entender que estamos vulneráveis. Podemos nos sentir melhor fazendo as medidas de biossegurança, para que a gente se sinta cada vez mais protegido. Temos que ir pensando nessas medidas é só ir até as unidades de saúde caso necessário. A gente precisa do coletivo, do Governo também, para garantir que essas medidas sejam atendidas”, declarou a psicóloga.
Durante a entrevista, a psicóloga também respondeu sobre o negacionismo e situações de confrontos que tratam sobre vacinar ou não contra Covid-19. Segundo Juliana Batista, o ideal é procurar entender porque o outro é contrário à vacina. Ela observa que a questão da vacina não deve ser tratada como uma forma de discussão, mas de conscientização.
“É preciso compreender qual o sentido de não tomar a vacina, como acessar essa pessoa? para que a gente possa conscientizar”, afirmou a psicóloga, ao apontar que o caminho não é pela agressividade, mas a compreensão: “De forma compreensiva você modifica muito mais que o tem que! E pronto”.
Questionada sobre o comportamento intolerante da grande parte da população, seja nas redes sociais ou no meio familiar, Juliana Batista avaliou que se afastar ajuda a resguardar a saúde mental. Entretanto, quando isso ocorre no meio familiar, a melhor saída é dialogar e tentar entender "o ponto de vista", mas se impondo de forma pacífica caso necessário.
“Qual o ponto chave para não ser intolerante? É o respeito! As pessoas têm que entender, que meu ponto de vista é o meu. O outro tem o direito de ter o ponto de vista dele. Se eu entendo que a minha opinião é mais uma, a gente se abre para conhecer o que o outro está pensando. Aí temos um diálogo horizontal. Tem relações que eu não vou querer tá próximo, mas tem situações que a gente não pode, tenho um familiar que não faz as medidas de segurança, eu vou dialogar, dizer que seu comportamento está me colocando em risco também”, sugeriu Juliano, destacando que a conversa deve ocorrer quando a pessoa tiver menos nervosa.
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