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Cidades Sexta-feira, 29 de Março de 2024, 13:01 - A | A

Sexta-feira, 29 de Março de 2024, 13h:01 - A | A

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Professora relata sofrimento da merendeira envolvida em acidente que vitimou um ex-aluno de uma escola de VG

A professora destacou que Kauê Neves, ex-aluno da instituição, era uma figura muito querida

Edina Araújo/VGN

Em entrevista exclusiva ao nesta sexta-feira (29.03), uma professora da Escola Estadual Maria Leite Marcoski, situada no bairro Jardim Marajoara, em Várzea Grande, cujo nome será mantido em sigilo, revelou detalhes anteriormente não divulgados sobre o acidente, ocorrido em 21 de março, que culminou na morte do jovem Kauê Mangela Neves.

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Kauê morreu na tarde de quarta-feira (27.03), no Pronto-Socorro de Várzea Grande (PS/VG), após uma parada cardíaca. A professora esclareceu que uma das merendeiras da escola estava envolvida no acidente e negou a alegação de que ela não prestou socorro.

Imagens obtidas pelo , mostram que a condutora do veículo parou por alguns momentos antes de prosseguir, mas as imagens mostram a motocicleta em alta velocidade, a qual colidiu com o veículo. Segundo a Polícia Civil, Kauê estava na garupa de uma motocicleta Honda CG 160 Fan, que seguia em direção ao bairro Marajoara, quando um veículo Celta entrou a preferencial e a moto colidiu.

A professora destacou que Kauê Neves, ex-aluno da instituição, era uma figura muito querida. Embora tenha concluído o ensino médio em 2023, ele mantinha sua frequência na escola, onde tinha muitos amigos e participava do time de futebol. “Sua presença constante, mesmo após a formatura, demonstrava seu vínculo contínuo com a comunidade escolar. Contudo, o trágico acidente deixou marcas profundas em todos os que estavam envolvidos. A funcionária, também membro da comunidade escolar, é reconhecida como uma pessoa dedicada e estimada por seus colegas. Ela ficou em estado de choque após o incidente, enfrentando riscos não só físicos, visto que seu veículo foi danificado por presentes no local.”

Conforme a professora, contrariando as informações iniciais, a funcionária agiu prontamente em prestar auxílio, chamando o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e aguardando no local até a chegada dos socorristas. Todavia, devido às crescentes ameaças e hostilidades, se viu forçada a se proteger.

A professora expressou que a merendeira, sua família e entes queridos têm enfrentado sérias ameaças devido ao incidente. “O ambiente de tensão e revolta se intensificou, dificultando uma resolução pacífica e justa. A indignação se agravou pelo fato de ter sido divulgado erroneamente que ela não havia prestado socorro. Ela foi compelida a deixar o local após a chegada do SAMU, em virtude do risco de agressões, a ponto de terem danificado seu carro”, relatou.

“A situação estava tão crítica que o pai de Kauê, tomado pela dor e desespero naturais da circunstância, ao ver o filho ao solo, tentou agredir a merendeira. A irmã do pai de Kauê tentou intervir, foi ser empurrada, caiu e fraturou o braço. Este incidente evidencia o quão exaltados estavam os ânimos e a falta de alternativa da merendeira diante do medo, desespero e choque. Ambas as famílias estão sofrendo, mas é essencial exercer a compaixão e evitar julgamentos precipitados”, concluiu a professora.

 

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