O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, afirmou nesta quarta-feira (28.06) que o governador do Estado, Mauro Mendes (União), não está disponível para ouvir a categoria, com isso, os educadores não têm outra alternativa, além de paralisar.
Os profissionais da educação de Mato Grosso realizaram paralisação na manhã de hoje para chamar atenção das autoridades e da sociedade para a necessidade de investimentos na educação pública e para as demandas dos profissionais que atuam nessa área.
“Lamentamos muito como o governador usa para fugir do debate. Nesse momento, ele deveria estar reunido para debater as questões trazidas pela categoria nas suas instâncias deliberativas e necessita sim de conversação por parte do Governo. Mas, esse comportamento nós já conhecemos, é algo corriqueiro do governador Mauro Mendes”, disse Valdeir.
O sindicalista observou que a última vez que o governador conversou com educadores, foi em 2019, quando houve greve na categoria, e que Mauro desrespeita a categoria ao fugir dos debates.
“A última vez que o governador esteve disposto para conversar com a categoria foi em 2019, quando estávamos de greve e ele dizia, inclusive, que era uma greve legal. Mauro Mendes deveria tratar com respeito às pautas apresentadas e dialogar, porque o Governo de Mato Grosso precisa ouvir a sociedade, que nesse caso é representada pelo sindicato nesse segmento educacional”, observou.
Conforme Valdeir, Mendes tem dito mentiras para a imprensa, ao dizer que os trabalhadores da Educação têm a terceira melhor remuneração do Estado, contudo, não é verdade. “Ele tem dito que o Estado de Mato Grosso tem a terceira melhor remuneração dos trabalhadores, o que é falso”, afirmou.
Ele explicou que a manifestação de hoje é em favor a equiparação salarial dos servidores, e que atualmente existem inúmeras categorias com o mesmo grau de formação que os profissionais da educação, mas que recebem cerca de R$ 10 mil, enquanto os professores têm salários na ordem de R$ 4 mil.
“Os servidores do executivo fizeram uma comparação do que recebem com o mesmo grau de formação entre os outros servidores, e há uma diferença significativa de quase 40%. Ou seja, se compararmos, por exemplo, com um servidor que está atuando na Sefaz e ingressou com a graduação, ele receberá em torno de R$ 10 a 12 mil. O professor ingressa recebendo cerca de R$ 4 mil”, explicou.
Ele ainda afirmou que o Estado precisa seguir o Plano Nacional de Educação, que exige a equiparação salarial de servidores públicos, lembrando que os manifestantes não pedem equiparação com, por exemplo, um procurador do Estado, mas sim com categorias com o mesmo grau de formação.
“Queremos dialogar para o Governo do Estado do Mato Grosso cumprir algo que já está no Plano Nacional de Educação, a qual é a necessidade de equiparação entre os entes federados para aqueles que têm a mesma condição. Não estamos falando para equiparar com o procurador do Estado de Mato Grosso, mas entre as categorias, que diminua essa diferença que há”, relembrou.
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