Nas últimas semanas o país vem enfrentando ameaças e ataques as escolas, o que acabou gerando uma grande preocupação em todos, principalmente nos pais. Deste modo, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) realizou uma pesquisa referente as ações existentes e as que serão implementadas para garantir a segurança nas unidades escolares do país.
A pesquisa foi feita entre os dias 17 a 20 de abril deste ano, realizada em aproximadamente 635 municípios. O estudo considerou as cidades de pequeno, médio e grande porte.
No estudo constou que cerca de 82% dos municípios pesquisados já adotavam algum tipo de medida de segurança nas escolas, e 18% não empregavam ações para a garantia da segurança, antes de se iniciar os episódios de ameaças.
No entanto, por conta dos últimos ocorridos de violência, a maioria dos gestores municipais, sendo 86%, passou a adotar novas medidas para reforçar a segurança. Já dos 82 municípios que haviam decidido não intensificar as medidas de segurança, 70% deles passaram a mostrar interesse em reforçar as medidas.
Ainda de acordo com a pesquisa, 42 municípios registraram situação de violência no ambiente escolar com ameaças contra a vida dos alunos ou profissionais, e outros 87 municípios sofreram ameaças de ataques ou atos violentos.
Entre as várias medidas de segurança já existentes dentro das unidades escolares, e que podem ser reforçadas, são: campanhas de orientação, apoio psicológico, sistemas de monitoramentos, qualificação de porteiros, policiamento nos entornos das escolas e entre outros.
Segundo a pesquisa, a preocupação com a segurança dentro das escolas é um tema já existente há muito tempo nas cidades brasileiras. Porém, com os frequentes episódios de ataques e ameaças, os gestores passaram a discutir ainda mais sobre as implementações de medidas preventivas. No entanto, quase metade dos municípios pesquisados não possui condições financeiras e técnicas para realizar essas ações, ou seja, eles dependem dos recursos disponibilizados pelo Governo.
E até o momento, o Governo federal anunciou cerca de R$ 3,5 bilhões em ações para o enfrentamento dessa situação nos Estados e municípios, porém 85% desses recursos não são novos, pois aproximadamente R$ 1,8 bilhão já consta em posse das escolas estaduais e municiais nas contas do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
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