A Organização Não Governamental (ONG) Creche Bom Pastor, continua administrando o Restaurante Popular de Várzea Grande, de forma ilegal.
Segundo informações do secretário municipal de Assistência Social, Mariuso Damião, a ONG vem administrando o restaurante por cerca de três meses, mas sem ter contrato com a Prefeitura de Várzea Grande.
Mariuso disse ao VG Notícias, que a situação ocorre porque a Organização Não Governamental optou desde abril em administrar o restaurante, mesmo sem contrato, pelo fato que Prefeitura iria fazer a contratação de uma empresa – que ficaria responsável pelo local pelo período de 12 meses – por meio de chamamento, e como a ONG já administra o restaurante há muito tempo, ela acreditou que continuando a servir as refeições contaria ao seu favor para continuar a comandar o local.
“Eles optaram em seguir administrando o local porque acreditaram que isso iria contar em favor deles, já que seria contratada a empresa que ficaria responsável pelo local por meio de chamamento. Mas eles sempre souberam que a Prefeitura não iria pagar pelo serviço, já que eles não têm contrato conosco e precisariam entrar na justiça para receber o dinheiro, pelo serviço prestado neste período”, esclareceu o secretário.
Segundo ele, outro fator que contribuiu para a continuação da ONG Bom Pastor ficar no local mesmo de forma ilegal, é que o serviço é essencial e a população várzea-grandense não poderia ficar sem recebê-lo, já que muitas pessoas encontram apenas o restaurante popular para realizar suas refeições, sendo às vezes a única do dia.
No entanto, o secretário garantiu que no próximo dia 30 a Prefeitura de Várzea Grande irá fazer uma licitação por meio de concorrência pública para contratar a empresa que irá administrar o restaurante popular por um período de 12 meses. Porém, até esta data, a ONG continuará administrando o local, já que a entidade deve entrar no certame para disputar a licitação.
De acordo com ele, as empresas que pretendem concorrer à licitação têm que estar ciente que o valor cobrado da população pela refeição será de R$ 2,00. A empresa receberá ainda mais de R$ 3,72 de contrapartida do município. Além disso, a empresa ficará responsável pelo pagamento da luz e dos funcionários do restaurante, sendo que estes débitos antes eram bancados pela Prefeitura.
De acordo com cálculos, se cada refeição custar R$ 3,72 para o município, sendo que a meta é de mil refeições por dia, a Prefeitura irá desembolsar em torno de R$ 3 mil por dia, R$ 81 mil por mês, chegando a R$ 982 mil no ano. Hoje a ONG Bom Pastor recebe pouco mais de R$ 65 mil ao mês, sendo que média de refeição por dia é de 700.
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