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Cidades Segunda-feira, 06 de Maio de 2019, 18:05 - A | A

Segunda-feira, 06 de Maio de 2019, 18h:05 - A | A

Operação

No WhatsApp, médico preso na Sangria xinga testemunha de “crápula, chantagista e ladrão”

Larissa Malheiros- Especial VG Notícias

Reprodução Facebook

Luciano Correa

 

O médico e sócio da Pró-Clin, Luciano Correa Ribeiro, solto na última sexta-feira (03.05), após ser preso no dia 30 de março, na Operação Sangria, teria coagido uma testemunha por meio de Whatsapp. A informação consta do Boletim de Ocorrência lavrado pelo analista de sistema Marco Aurélio Cortes que está nos autos.

Segundo Marco Aurélio Cortes, ele teria prestado depoimento à Delegacia Fazendária sobre o caso em que desencadeou a Operação e levou Luciano a ser preso e virar réu. Em seguida, sua esposa Jussara Fialho Ferreira Cortes que é médica intensivista teria recebido várias mensagens, via Whatsapp do acusado, direcionadas a ele com xingamentos como: “crápula, mentiroso, chantagista e ladrão”. “Diante disso, o comunicante se sentiu ofendido e coagido”, diz trecho do BO lavrado.

Na conversa via aplicativo, Luciano cobra da médica o motivo que seu marido está o acusando. Além disso, ele lembra que Marco Aurélio Cortes tem vários processos e mesmo assim nunca agiu contra ele. "J. é o Luciano. Só queria entender o motivo do crápula do seu marido estar me atacando. Atingiu a minha família. Seu marido tem mais de 20 processos inclusive de roubo e você sabe disso. Nunca lhe ataquei e sempre fui correto com vocês. Mesmo o Marco saindo da empresa nunca fizemos nada com ele e com você’, disse o réu em um trecho da conversa.

Em outro trecho, o médico lembra que sente arrependimento e sabe que seu sentimento não importa para a colega de profissão. “Decepção, tristeza e arrependimento é o meu sentimento para com todos vocês. Que vocês reflitam o que fizeram hoje comigo, mas acho que para vocês não tem importância alguma”, destaca no aplicativo.

A intensivista questiona Luciano por enviar mensagens em seu horário de trabalho e lembra que ele é alvo de investigação há meses. “Bom dia Luciano! Me surpreende você enviar essa mensagem no meu ambiente de trabalho, sendo que sempre o respeitei incondicionalmente e sabe disso. Vocês são alvo de investigação há meses e a imprensa já vinha divulgando, inclusive que foi alvo de denúncia de um vereador”, respondeu ela ao acusado.

Indignado, Luciano dispara que o marido da médica armou para ele. “Não Jussara, o Marcos armou”.

Por fim, a esposa de Marco Aurélio Cortes revela que ele criou várias inimizades por causa de contratos e terá que falar com a justiça. “Criaram inúmeras inimizades com os contratos. Por isso digo, não venham encontrar Bode Expiatório. Vocês serão ouvidos assim como ele e diversas pessoas foram”.

Luciano foi solto após confessar junto aos também presos na Operação Sangria, o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correa, e o médico Fábio Liberali Weissheimer também sócio da Proclin, que um contrato da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá envolvendo o Hospital São Benedito e a Empresa Cuiabana de Saúde, administradora da unidade hospitalar, foi firmado mediante pagamento de propina.

Os alvos da segunda fase, entre eles os três médicos, também tem um gerente de licitação, um coordenador financeiro e funcionários das empresas prestadoras de serviços médicos hospitalares, quensão investigados em crimes de obstrução à Justiça praticada por organização criminosa e coação no curso do processo.

A operação apura irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Governo estadual.

WhatsApp

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