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Cidades Domingo, 09 de Agosto de 2020, 10:35 - A | A

Domingo, 09 de Agosto de 2020, 10h:35 - A | A

Nossa Senhora do Livramento

Moradora denuncia venda de casa do Governo, é agredida e acusa pai de vereador pela agressão

Edina Araújo & Izabella Araújo/VG Notícias

A moradora de Nossa Senhora do Livramento (38 km de Cuiabá), Luara Braz da Silva, 23 anos, está acusando o ex-vereador e candidato no município, Osvaldo Jesus Leite, de agressão física. Ela estava com seu bebê de nove meses no colo, com o marido e mais três filhos menores, quando foi agredida com socos e pontapés pelo suspeito no meio da rua. O relato consta do boletim de ocorrência 2020163722, registrado na última quinta-feira (06.08), às 15 horas.

A vítima contou à reportagem do oticias, que na última quinta-feira (06.08), Osvaldo a parou na rua, alegando que havia recebido uma ligação do prefeito de Nossa Senhora do Livramento, Silmar de Souza Gonçalves (DEM), contando que ela (Luara) teria denunciado seu filho, o vereador Walace Botelho (MDB), por supostamente ter sido contemplado ilegalmente com uma casa do Residencial Gregório Pires de Miranda, do programa Minha Casa, Minha Vida, no município.

“Ele parou o carro na rua e veio em minha direção e já foi gritando que o prefeito tinha ligado pra ele e contado que eu tinha denunciado que o filho dele, o vereador Walace tinha uma casa no Residencial Gregório Pires de Miranda. E com um papel nas mãos, começou a dizer que era um contrato de compra da casa e que tinha prova. Em seguida, deu um soco em mim, eu caí em cima da bicicleta do meu filho, que ficou com as mãos raladas. E ele veio pra cima de mim dando chute, meu marido tentou tirar ele pra não me machucar mais”, relatou.

Ainda, segundo a vítima, ela havia sido contemplada com uma casa neste residencial, mas “misteriosamente” seu nome saiu da lista. Ela procurou o Ministério Público Federal (MPF) e comprovou que se enquadra nos critérios para ser contemplada no programa do Governo Federal, por ter quatro filhos, o marido não tem emprego fixo, trabalha de serviços gerais, como pedreiro, garimpeiro e conserta celular, e ela faz trufas para vender para ajudar na renda familiar.

O MPF constatou a necessidade e as supostas irregularidades na distribuição das casas - e recomendou ao município que pagasse um ‘aluguel social’ até resolver o problema de sua residência. “Todo tipo de serviço que aparece meu marido faz. Aqui em Livramento não tem muitas opções de trabalho”, pontuou.

Segundo Luara, na sexta-feira (07) foi a Prefeitura falare com o prefeito para pedir uma explicação sobre o que motivou a ligar para Osvaldo e dizer que ela tinha denunciado o vereador, mas ele estava na fazenda e ela não conseguiu contato.

A vítima afirmou que o vereador Walace mora na rua 3, Casa 20, quadra 4, no Residencial Gregório Pires de Miranda, do programa Minha Casa Minha Vida, comprada pelo seu pai, o agressor Osvaldo, que será representado judicialmente, pela vítima no próximo dia 17.

Outro lado – A reportagem conversou com o Osvaldo, suspeito de agredir Luara e ele negou a agressão. "Tenho 58 anos, nunca ia agredir uma mulher. Eu já ajudei o marido dela, comprando remédio e comida porque ele não trabalha e tem três filhos. Parei na rua pra mostrar o documento que tinha comprado a casa e que estava em meu nome e não em nome do meu filho", justificou.

Segundo ele, realmente a casa que seu filho, o vereador Walace mora no Gregório Pires de Miranda, do programa Minha Casa Minha Vida, no município, é dele e o filho que está morando. Ele disse que negociou a casa com uma moradora que havia sido contemplada -  e em contrapartida está construindo outra casa na área rural para a pessoa. "Fizemos uma troca. Eu dei um terreno estou construindo uma casa para mulher que trocamos. Está tudo registrado em meu nome, só falta ir ao Cartório em Várzea Grande pra registrar", contou Osvaldo.

Ainda, segundo ele, jamais agrediria a vítima e justificou que parou para conversar com o esposo dela, e que o marido mandou a esposa começar a gravar dizendo que estava sendo ameaçad. "Não agredi ela, foi uma armação, eu queria mostrar o documento da negociação da casa".

Questionado sobre a irregularidade em comprar uma casa do programa Minha Casa Minha Vida, ele disse que é comum às pessoas venderem, e não vê nenhuma ilegalidade na transação.

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