Se sentindo humilhado, e pedindo respeito pela trajetória e trabalho suado da família, o morador David exige que a Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria de Obras, prove que pode chegar e simplesmente derrubar o muro da residência para dar continuidade nas obras de pavimentação asfáltica que vem sendo realizada, na avenida Leôncio Lopes de Miranda.
David disse que essa situação acontece há muitos anos, onde a Prefeitura se acha empoderada, se acha no direito de fazer o que bem entender na hora que quer, mas para o morador, isso não pode ser assim, pois eles são contribuintes do município e pagam seus impostos em dia, tendo assim seus direitos como cidadãos.
“Eles não estão errados em concluir essa obra, eles estão de parabéns, mas eles precisam notificar antes os proprietários que serão afetados diretamente. Eles chegaram aqui falando que iriam derrubar, derrubar uma coisa que foi construída com suor, trabalho e trajetória. É muito constrangedor para gente ver um órgão que é para nos defender, vem e nos humilhar, faz a gente se sentir um nada”, declarou.
Como contribuinte, o morador pediu que o órgão tivesse respeito e pelo menos notificasse a família, desse um respaldo, uma garantia que eles iriam derrubar o muro para fazer a calçada, mas que iriam fechar novamente. “Eu pedi que eles apresentassem um papel que a obra tem que ser feita, e que se eles derrubarem o muro vão fazer de volta, aí está tudo certo e eles podem fazer o que quiser”.
Ao contrário disso, David contou que o secretário, sem citar nomes, chegou ameaçando os proprietários, dizendo que se a família não tivesse a documentação e medição do terreno eles iriam quebrar tudo. “Pô, um secretário da cidade que está aí há anos, tem experiência, e chegar para um contribuinte e falar assim”.
Mostrando as imagens à reportagem do , David se disse indignado, pois estão fazendo uma curva na avenida desviando dos postes de energia, mas as casas e muros eles não querem nem saber.
Ainda, de acordo com o morador, os responsáveis pela obra deixaram avisado que na segunda-feira (18.10), eles iriam voltar e além de derrubar o muro, também iriam cortar dois pés de mangueiras que ficam do lado de dentro do terreno. "A Prefeitura sequer apresentou um plano de indenização pela área que estão usando. Simpelsmente, sem comunicar ninguém vai abrindo e o pior, são desrespeitosos", desabafou.
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“Isso é um descaso de autoridade, o cara acho que pode chegar aqui e achar que é dono das coisas, não é assim. Sou contribuinte e conheço meus direitos. Eles vão tem que provar que podem fazer isso, pois do jeito que eles querem não vai ser”, desabafou David.
Outro lado – A reportagem do entrou em contato com o secretário de Obras, Luis Celso, mas ele não atendeu as ligações. Em contato com o secretário de Comunicação do município, Marcos Lemos, ele disse que o prefeito Kalil Baracat (MDB) informou que o muro será refeito dentro da legalidade, ou seja, se o proprietário provar que o espaço é dele.
Questionado pelo fato de o morador estar indignado por não terem sido notificados, Lemos disse que existe uma dúvida quanto a propriedade, e nada será feito fora da Lei. “Tudo que for comprovado que é propriedade dele, e a Prefeitura usar, ele será indenizado. Ele vai ter que comprovar”, frisou Marcos Lemos.
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