Em entrevista a TV Centro América ontem (19.01), o ex-secretário estadual de Fazenda, Eder Moraes e alvo da investigação Ararath garantiu que as cartas de crédito emitidas pelo estado em favor dos promotores do Ministério Público Estadual (MPE) são irregulares, e que eles estão sob suspeição para fazer qualquer acusação contra ele.
“É aquela velha história: me acusam numa conta de eu ter intermediado alguma venda de carta de crédito, mas não falam que eu intermediei a venda de mais de 70 promotores e procuradores do estado de Mato Grosso. Eu entendo que todos eles estão neste momento sob suspeição para me fazer qualquer acusação. E também acho recomendável, prudente, já que são guardiões da moral, guardiões da impessoalidade, da preservação da lei, da fiscalização do que é correto aplicar, eu acho que seria decente que todos se afastassem das suas funções para que isso fosse apurado profundamente”, criticou.
Ainda segundo o ex-gestor, os títulos em favor dos promotores são irregulares porque foram emitidos sem previsão orçamentária ou financeira ou estudo de impacto fiscal. A análise também seria do Tribunal de Contas do Estado (TCE), diz o secretário.
“Procuraram-me na Secretaria de Fazenda para que eu os representasse junto ao comércio, junto à indústria, empresas que deviam ICMS ao estado, porque eles não queriam se expor, não queriam ficar sob suspeição em ações futuras que eventualmente pudessem haver quanto a alguns desses fornecedores do estado”, revelou Éder.
Outro lado: Nenhum membro do MPE aceitou gravar entrevista a TV Centro América, mas a assessoria de imprensa da instituição publicou nota informando que as cartas de crédito emitidas em favor deles referem-se ao pagamento de férias acumuladas e outros direitos trabalhistas.
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