Os crimes de feminicídios deixaram trinta e seis filhos sem mães, entre janeiro e junho deste ano em Mato Grosso. De acordo com dados da Polícia Judiciária Civil, 18 mulheres foram mortas pelos companheiros ou ex-companheiros após brigas ou por não aceitaram o fim do relacionamento.
Os dados mostram ainda que das 18 vítimas, 15 tinham filhos seus assassinos e seis foram mortas na frente dos filhos.
Além disso, no primeiro semestre de 2023, a Polícia Civil atendeu 8.063 mil medidas protetivas, mecanismo judicial utilizado para resguardar que agressores se aproximem das vítimas, seja fisicamente ou por meios eletrônicos.
As informações foram coletadas do relatório “Mortes Violentas de Mulheres e Meninas em Mato Grosso”, a partir da coleta de informações em boletins de ocorrências e inquéritos policiais.
Entre as vítimas de feminicídios está, Emilly Bispo da Cruz, de 20 anos, morta com mais de 15 golpes de faca pelo ex-namorado Antônio Aluizio da Conceição Mariano, que não aceitava o fim do relacionamento. Emilly foi golpeada na frente do filho de 4 anos, chegou a ser encaminhada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O crime aconteceu no dia 16 de março, no bairro Pedra 90 e o ex-namorado se entregou para a polícia horas após o crime. Leia Mais - Jovem é morta a facadas pelo ex-namorado em Cuiabá
Outra vítima de feminicídio foi a Maria Helena, 47 anos, morta pelo ex-namorado em Sinop.
De acordo com as informações, a vítima estava em uma festa quando foi golpeada com uma facada no abdômen, o suspeito de 44 anos, teria chegado na festa em que a mulher estava e após várias insistências de se aproximar da vítima, sem sucesso, ele a feriu e fugiu. Ela foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu ao ferimento.
Em Mirassol d’Oeste, outra criança de 4 anos ficou órfão de mãe.
Lorrayne Batista de Carvalho foi assassinada também com golpes de faca, na quitinete onde morava com o companheiro, de 19 anos. Conforme a investigação, o autor do crime tinha histórico de violência doméstica contra a vítima e premeditou o feminicídio.
Um dia antes de matar sua companheira, T.M.O.R. pediu demissão da empresa em que trabalhava e pegou o dinheiro da rescisão. Ele foi preso na cidade de Porto Esperidião, cinco dias depois.
No entanto, ainda conforme o relatório, os crimes de feminicídio em Mato Grosso diminuíram 22% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022.
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