por Edina Araújo/VG Notícias
A juíza Glauciane Chaves de Melo, da Comarca de Alto Taquari (479 km a sul de Cuiabá), foi assassinada a tiros dentro do Fórum pelo ex-marido, Evanderly de Oliveira Lima, na manhã desta sexta-feira (07.06). O suspeito conseguiu fugir após o crime.
Segundo informações de servidores do Fórum, Evanderly entrou no gabinete da magistrada, ao qual tinha livre acesso, e teve início uma discussão. Logo depois foram ouvidos disparos. O acusado fugiu correndo do local, a pé.
O segurança do Fórum chegou a persegui-lo e fazer alguns disparos na direção dele, que se escondeu entrando em um matagal.
O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT), Orlando Perri, e o juiz auxiliar da presidência, Luiz Octávio Sabóia, viajam no início desta tarde para Alto Taquari para acompanhar o caso.
A Coordenadoria Militar confirmou o envio de uma equipe do Bope para ajudar nas buscas ao acusado. Também entrou em contato com o Comando Militar da região do Araguaia para auxiliar as diligências. Foi solicitado ainda o bloqueio das estradas que dão acesso aos Estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O juiz diretor da Comarca de Alto Araguia, Carlos Augusto Ferrari, foi acionado pela Presidência do TJMT para dar apoio e suporte às equipes.
A magistrada Glauciane Chaves de Melo residia em Belo Horizonte (MG) até tomar posse como juíza em Mato Grosso, em 15 de junho de 2012. Segundo assessoria do TJ/MT, a juíza foi classificada em 20º lugar no concurso público, e teria escolhido a Comarca de Alto Taquari para atuar por ser tranquila.
Suspeito - A Polícia está à procura de Evanderly de Oliveira Lima, ex-marido da magistrada Glauciane Chaves de Melo e acusado de tê-la matado a tiros na manhã desta sexta-feira (07.06), dentro do Fórum da Comarca. O contrato de união estável firmado entre o casal foi dissolvido em 21 de janeiro de 2013, mas eles estavam separados desde 10 de dezembro de 2012. O casal não tinha filhos.
Evanderly, que também era de Belo Horizonte (MG) trabalha como enfermeiro do Hospital Municipal de Alto Taquari. Conforme o relato de testemunhas, já no gabinete, após uma breve discussão, ele sacou um revólver e deu dois tiros à queima roupa no peito de Glauciane que morreu quase que instantaneamente.
Na saída, teria avisado que ia na casa da mãe da magistrada para executar a ex-sogra. Um policial que fazia a guarda do Fórum chegou a disparar na direção do suspeito, mas não o atingiu.
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