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Cidades Terça-feira, 16 de Abril de 2019, 11:58 - A | A

Terça-feira, 16 de Abril de 2019, 11h:58 - A | A

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Juiz remarca para 30 de abril depoimento de Izadora Ledur sobre morte de aluno

Lucione Nazareth/ VG Notícias

 

O juiz da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, Marcos Faleiros da Silva, remarcou para o próximo dia 30 de abril a audiência que irá ouvir a tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur de Souza Dechamps, acusada pelo crime de tortura e afogamento, que resultou na morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro ocorrida no final de 2016.

De acordo com os autos, o interrogatório da tenente estava previsto para ser realizado na tarde desta terça-feira (16.04), mas foi adiado em virtude da necessidade de concluir os depoimentos das testemunhas de defesa arrolados por Ledur.

Consta do processo que serão colhidos hoje os depoimentos das testemunhas: Larissa Malheiros Batista, o soldado Rafael do Carmo Lisboa e o 1º sargento Marcizio Oliveira Moraes. No dia 22 de abril serão ouvidos tenente Felipe Mançano Saboia e o 1º tenente Daniel Alves Moura.

No dia 30 de abril, antes do depoimento de Ledur será ouvido ainda o major Danilo Cavalcante Coelho.

Entenda - Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a tortura e afogamento, que resultou na morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro aconteceu no dia 10 de novembro de 2016 durante o treinamento de atividades aquáticas em ambiente natural do 16º Curso de Formação de Soldado Bombeiro do Estado de Mato Grosso realizado na Lagoa Trevisan em Cuiabá.

Na denúncia cita que Rodrigo foi submetido a sessões de afogamento durante a travessia da lagoa. Ele chegou a ser hospitalizado, mas morreu dias depois.

Após ser denunciada criminalmente, Izadora chegou a usar tornozeleira durante três meses, mas o equipamento foi retirado.

Em dezembro de 2017, a então juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda (atualmente senadora da República), negou o pedido de absolvição sumária (antes da fase final do processo) formulado pela defesa da tenente Izadora apontando que existem indícios de autoria e materialidade relacionado a tenente referente a morte de Rodrigo Claro, como já demostrado pelo Ministério Público Estadual no processo.

Inquérito Policial Militar - O inquérito policial militar que apurou a morte de Rodrigo Claro apontou que a tenente Izadora Ledur, responsável pela instrução, foi negligente ao não fazer a previsão de viaturas e materiais de trabalho de apoio. O documento aponta crime militar por parte da tenente e outros dois oficiais da corporação.

Rodrigo morreu em novembro do ano passado depois de ficar internado por cinco dias em uma Unidade de Tratamento Intensido (UTI). A família alega que houve tortura e omissão de socorro por parte do Corpo de Bombeiros.

De acordo com o inquérito, não há indícios de cometimento de homicídio ou tentativa de homicídio contra Rodrigo Claro e nexo entre a conduta da tenente e o resultado da morte apontada no laudo. O documento confeccionado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) afirma que o aluno morreu por hemorragia cerebral de causa natural.

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