A idosa, Josefa Lopes de Souza, 76 anos, faleceu na madrugada desta quarta-feira (21.08) no Pronto-Socorro de Várzea Grande. A família da idosa denunciou à reportagem do VG Notícias, que a unidade de saúde municipal tratou com descaso a paciente, e a demora no atendimento pode ter levado a idosa a óbito.
De acordo com a filha da vítima, Elen Lopes, a mãe deu entrada às 2h da manhã de segunda-feira (18) no PS do município, e ficou internada no box de emergência aguardando atendimento médico por quase 15 horas.
“Ela chegou de madrugada reclamando de falta de ar. Os enfermeiros verificaram que ela estava com pressão alta, e colocaram remédio para dor. Depois disso, minha mãe ficou lá agonizando no box de emergência, pedindo ajuda”, contou.
Segundo Elen, a idosa reclamava de falta de ar, mas, os enfermeiros aplicavam soros com medicação para dor. Quando o médico plantonista avaliou a idosa, já na noite de ontem (20) afirmou que ela deveria ser encaminhada a uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas que no momento não havia vagas disponíveis, tendo que aguardar.
“O médico disse que ela seria encaminhada, dei banho e ficamos aguardando para que minha mãe fosse transferida para a UTI” relatou.
Ainda conforme a filha, no início da madrugada de hoje, enquanto aguardava a vaga na UTI, Helen notou que a idosa estava muito fria, e resolveu chamar o médico plantonista para verificar a situação.
“Minha mãe estava gelada, o médico colocou a mão nela e disse que era devido à temperatura do ar condicionado que estava baixa. Eu a cobri para evitar que passasse frio”, contou
Na manhã de hoje, a filha percebeu que a temperatura do corpo da idosa ainda estava baixa, e ao retirar o lençol viu que o corpo já estava roxo.
“Eu me desesperei e chamei a enfermeira. Ela tirou o lençol e viu que minha mãe já estava toda roxa e dura, e me disse que ela havia falecido”.
De acordo com a família, a idosa já estava em óbito quando o médico avaliou, mas houve descaso por parte dos profissionais de saúde desde o momento em que a idosa chegou à unidade hospitalar.
“Minha mãe ficou aguardando por quase 15 horas e todo mundo que chegava era atendido primeiro, enquanto ela agonizava de dor. A todo o momento eu chamava os médicos, enfermeiros, mas não era atendido. Queremos justiça, relatou o filho.
Outro lado: A reportagem do VG Notícias entrou em contato com o médico ginecologista e diretor clínico do Pronto-Socorro de Várzea Grande, Edson Anchieta que afirmou achar impossível a paciente aguardar tanto tempo por atendimento, já que todo momento médicos plantonistas estão no local.
O médico ainda declarou que não sabe sobre o caso da idosa, mas que se informará e que qualquer denúncia de negligência deve ser encaminhada ao Conselho Regional de Medicina (CRM), ao Ministério Público Estadual (MPE) ou a Polícia.
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