Após 14 dias, a greve dos professores da rede municipal de Várzea Grande pode encerrar nesta terça-feira (05.11). A informação é do secretário municipal de Educação, Jonas Sebastião.
Em entrevista ao VG Notícias, o secretário disse que esteve reunido nesta segunda-feira (04.11) com a categoria e ficou acertado uma nova reunião, desta vez, no gabinete do prefeito Walace Guimarães (PMDB), para chegar a um acordo e por fim na paralisação.
“Vamos nos reunir com a categoria juntamente com o prefeito e o secretário Ismael (secretário de Governo) para chegarmos a um acordo bom para ambas as partes. Tenho certeza que nesta terça esta greve dos professores irá acabar e as aulas prosseguirão normalmente”, garantiu o secretário.
Segundo Jonas, a administração municipal deve apresentar uma proposta satisfatória à categoria, o qual deve encerrar a greve. Porém, não revelou os pontos da proposta que será apresentada aos profissionais da Educação.
Os profissionais da Educação já marcaram uma manifestação na porta da Prefeitura de Várzea Grande, ás 14h – horário da reunião da categoria com o prefeito.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep-VG) Gilmar Soares, disse a reportagem do VG Notícias, que a categoria tem esperança que a administração municipal apresente uma nova proposta que possa encerrar a greve, já que a grande culpada pela a paralisação é o Poder Executivo que se recusava a negociar com os profissionais.
“Queremos sim chegar a um acordo e encerrar a greve. Mas o prefeito e o secretário sempre demonstraram falta de interesse de dialogar com a categoria. A situação chegou a isso por culpa dos gestores municipais. Outro fator que contribuiu para a paralisação é que o Poder Executivo não cumpriu com o que foi acordado meses atrás, fator lamentável e com isso a greve continuou”, relatou Gilmar.
A greve – Os professores da rede municipal entraram em greve no último dia 22 de outubro. Eles reivindicam a aprovação do Plano de Cargo, Carreira e Salário (PCCS) com a atualização do piso salarial em 2013, a revisão do enquadramento da Lei 3.505/2010 de cargos e salários de 2010. Atualmente, um professor recebe salário inicial de R$ 860 e os funcionários o equivalente a um salário mínimo, R$ 678.
A categoria cobra um calendário com as datas de envio dos projetos à Câmara de Vereadores, sua apreciação pelos parlamentares e sanção.
Os profissionais cobram ainda do Executivo municipal, a revisão das portarias de atribuição de aula. As portarias reduzem o número de funcionários da educação, inviabilizando o funcionamento das unidades escolares. A redução foi publicada sem discussão com as unidades escolares e com o sindicato.
Além disso, a categoria também reivindica a manutenção na infraestrutura das escolas, alimentação escolar, profissionalização dos servidores da área e a aplicação de 30% dos recursos arrecadados na Educação, como previsto na Constituição Municipal.
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