O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho afirmou em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (13.11), no Palácio Paiaguás, que caso a reforma da previdência não seja aprovada, o Estado terá um déficit de R$ 30 bilhões na Previdência de Mato Grosso (MTPrev) nos próximos 10 anos. O governador Mauro Mendes (DEM) pretende aderir à previdência estadual à proposta do Governo Federal.
De acordo com o secretário, os representantes de todos os membros do Conselho da Previdência pediram vistas da minuta apresentada pelo governador nesta manhã. E essa vista tem o prazo de cinco dias úteis. Mauro ressaltou que durante esses cinco dias, serão realizadas várias reuniões para discutir e tirar as dúvidas de todos. “Eles querem entender a proposta que foi aprovada em Brasília, eles querem detalhar essa situação que vai acontecer na Previdência do Estado”, declarou Mauro.
Questionado se a proposta já chegou à Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o secretário afirmou que ainda está em discussão, mas após esse prazo, o projeto da reforma deverá ser encaminhado para análise da AL/MT.
Segundo o secretário, hoje o Estado tem mais de 2 mil servidores aposentados com 45 anos. Ele lembrou que o déficit que vai acontecer na Previdência, se não houver a reforma, é de R$ 30 bilhões, em 10 anos. “Então se a sociedade como um todo, não se envolver e participar vai virar um caos o país, não só o Estado de Mato Grosso”.
Ele alertou a sociedade e disse que é preciso tomar cuidado, e ter uma sensibilidade muito grande de olhar a floresta como um todo e não apenas uma árvore. Ele ainda lembrou que o Estado tira do seu caixa todo mês R$ 115 milhões, e o reflexo disso para a sociedade é de menos investimento na saúde, estrutura, segurança e educação. “Todo mundo está pagando esta taxa”, frisou.
Mauro acrescentou que com a aprovação da reforma da previdência os déficits vão ser mitigados, e não zerados, mas já existe uma tabela pronta de como vai se comportar a previdência nesses próximos 10 anos. “No início terá uma recuperação de receita, mas depois o déficit continua, mas muito menor que a situação que o Estado está hoje”, finalizou.
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