Com Várzea Grande entre os municípios notificados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) por registrar aumento significativo de casos da Covid-19, o secretário de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo Barros, afirmou em entrevista ao nesta segunda-feira (11.07), que novas medidas devem ser tomadas pelo Comitê de Enfrentamento ao Novo Coronavírus (COVID-19) do município.
“Existe um Comitê de Enfrentamento que decide essas medidas. Estou aguardando a medida do Comitê Gestor, estou inclusive enviando para lá essa solicitação do Estado, que eles decidam o que fazer. Quanto à notificação do Estado, essa ação é tripartite, o Governo não deve jogar essa responsabilidade única para os municípios. Eles precisam também assumir as responsabilidades no tocante a infraestrutura”, declarou o secretário.
Quando retirou todas as medidas de biossegurança, retirou as máscaras isso causou um efeito de abandonar a vacina
Gonçalo cobrou ação do Governo do Estado para ajudar os municípios no combate à doença. Ele lembra que o Governo estadual “atuou brilhantemente na questão da triagem da Arena Pantanal até o final de 2021”, porém, reclama que desde então, nenhuma ação foi feita para ajudar. “Essa ação tripartite, Governo Federal, Governo Estadual e municípios precisam sim, ser dividido. Quando flexibilizaram todas as medidas de biossegurança no começo de abril causaram sensação do fim da pandemia na população. Esse revés era anunciado, como eu disse em entrevistas na época.”
Criticando a flexibilização, Gonçalo alertou para que não incluem Covid ao ano eleitoral: “Infelizmente precipitou-se no sentido de deixar tudo normal por conta de ano eleitoral, não estou culpando o Estado, não estou culpando ninguém, o que precisa é uma ação em conjunto, cobrar e fazer sua parte.”
O secretário relatou que os números da doença tiveram um aumento elevado no período da retirada de máscara em abril deste ano. “Quando retirou todas as medidas de biossegurança, retirou as máscaras causaram um efeito de abandonar a vacina e se a ciência orienta a necessitar da dose de reforço, da terceira dose, é porque ela vai perdendo sua eficácia.”
Ainda sobre o período de retirada da máscara, Gonçalo comprovou a elevação de casos apresentando os dados de janeiro a junho: “Na primeira semana de janeiro nós tivemos apenas 35 casos notificados em Várzea Grande, mas a subnotificação existe e muito. Na última semana de junho nós tivemos 450 casos. Você pode triplicar isso. Olha a situação.”
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Ao apresentar os dados da vacinação, Barros relatou que Várzea Grande conta com uma cobertura vacinal de 99% da primeira dose, 85% da segunda dose e aproximadamente 50% da terceira dose. “Já a quarta dose está praticamente começando”.
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