O pequeno Pedro já começou a vida encarando grandes desafios. Aos dois anos de idade, foi diagnosticado com autismo e, desde então, sua rotina envolve um esforço de gente grande e várias horas de terapia, todos os dias.
Sua mãe, Amanda Brito, 41 anos, deixou de trabalhar para acompanhar o único filho às sessões de psicoterapia, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia psicomotora e equoterapia com cavalos. Para ajudá-lo, Amanda fez um curso de dois meses. “Com orientação, os pais conseguem direcionar e potencializar o desenvolvimento do filho autista, para uma vida digna e mais inclusiva”, alerta a mãe.
Esse apoio às famílias entrou em fase de estudo e implantação na rede pública estadual. O projeto, de autoria dos deputados Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa, e Wilson Santos, foi aprovado pela Casa de Leis em outubro de 2022 e sancionado pelo Governo de MT, com prazo regular de 180 dias para seleção de equipe multidisciplinar e adequação dos espaços em hospitais e postos de saúde.
“Esses cursos gratuitos voltados à família aceleram muito o desenvolvimento dessas crianças”, explica Botelho. “Nosso compromisso é oferecer cidadania e oportunidades a todos os autistas”.
Amanda sabe disso e corre contra o tempo para que o filho absorva o máximo possível ainda na 1ª infância, na chamada janela de aprendizagem que vai até os seis anos. “Os pais precisam de orientação sobre diagnóstico precoce e como proceder a partir daí”, esclarece ela, lembrando que desde setembro de 2019, quando recebeu o diagnóstico e iniciou o tratamento, os avanços do menino Pedro foram notáveis.
Em 8 de maio, ele completa seis anos de idade com bons motivos para comemorar. “Torço que esse apoio chegue logo à rede pública, para os pais que não sabem como ajudar o filho”, diz a mãe.
Para Botelho, que há anos abraça esta causa, o foco está na implantação de uma Política de Atendimento Integrado à Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), garantindo saúde, educação e assistência social a mais de 800 crianças que convivem com algum nível de autismo em Mato Grosso.
Entre outras ações, o deputado destaca a lei que autoriza mãe de autista a se ausentar para as terapias ou trabalhar remoto e, ainda, o projeto para treinamento de educadores, em escolas adaptadas e inclusivas. Também foi instituído o Dia da Equoterapia, importante ação no tratamento do autismo.
Abril Azul
Mês de conscientização sobre o autismo, estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) para dar visibilidade ao tema e sensibilizar as pessoas sobre o Transtorno do Espectro Autista – que atinge uma em cada 160 crianças.
Neste sentido, os cursos gratuitos aos familiares deverão fomentar a regularidade de estímulos, cuidados para evitar acidentes, entre outros pontos, para ajudar e prestar apoio, especialmente às mães que sonham com a melhor socialização dos filhos especiais.
“Hoje o principal obstáculo está na falta de conhecimento. É isso que vamos mudar”, finalizou Botelho, que acompanha de perto a implantação do projeto pelo Governo de Mato Grosso.
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