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Cidades Sexta-feira, 15 de Fevereiro de 2019, 08:25 - A | A

Sexta-feira, 15 de Fevereiro de 2019, 08h:25 - A | A

entrevista

Ex-servidora nega ter lesado cofres públicos e promete processar Prefeitura de VG

Lucione Nazareth/ VG Notícias

VGNotícias

waldinete

 

A ex-gerente da Vigilância Sanitária de Várzea Grande, Waldinete Almeida Dantas, afirmou ao oticias que não lesou os cofres públicos, mas que mesmo assim foi julgada e condenada administrativamente pela Prefeitura de Várzea Grande por ter afiado tesouras de uso médico e encadernado agenda de médicos, ao custo total de R$ 124,00.

Nessa quarta (13.02), a Prefeitura publicou a condenação de Waldinete Almeida Dantas por crime contra a Administração Pública e a proibiu de assumir cargos públicos no município pelo prazo de cinco anos. Leia mais: Gerente da Vigilância Sanitária de VG é condenada por crime contra administração pública

Ao oticias, Waldinete relatou que a condenação se refere ao período em que ela ocupou o cargo de gerente do Centro Integrado da Mulher (CIM), período de 2011 a 2012. Segundo ela, em maio de 2012 solicitou um “adiantamento financeiro” no valor de R$ 500,00 ao então secretário de Saúde do município, Marcos José da Silva, para suprir algumas demandas do Centro.

“Naquela época existiam muitas necessidades urgentes a serem supridas no CIM, como por exemplo: aquisição de medicamentos, material de expediente e outros insumos. Existia uma carência de quase tudo, e por isso solicitei um adiantamento financeiro ao secretário”, explicou a ex-servidora.

Conforme ela, além de comprar os produtos e medicamentos, R$ 90,00 foram usados para afiar as tesouras de uso médico e R$ 34,00 para encadernar agenda dos médicos lotados na unidade. “As tesouras por exemplo, eu poderia ter comprado outras novas, mas pela falta de recursos achei melhor apenas afiar as que tínhamos lá e assim economizar dinheiro. Mas, em nenhum momento tinha conhecimento que estes gastos eram proibidos”, lamentou Waldinete.

A ex-servidora contou que na época apresentou todas as notas fiscais da prestação de serviço junto à Secretaria de Finanças do município, como também a Secretaria de Saúde; e que colocou os serviços no processo de prestação de contas.

“Em 2015, ou seja, três anos depois, tive conhecimento de um PAD contra mim e descobri que era referente a estes serviços da época do CIM. Na época, apresentei minha defesa escrita na Secretaria de Administração, e não fiquei sabendo de mais nada. Não me notificaram, não me convocaram e agora fiquei sabendo pela mídia que foi condenada sem qualquer defesa. Não roubei nada. Me dediquei todo o dia para prestar um melhor serviço no Centro Integrado da Mulher, assim como estava fazendo na Vigilância Sanitária”, declarou a ex-servidora.

Waldinete ainda informou ao oticias que já ingressou com Ação contra a Prefeitura de Várzea Grande. “Eu entrei não para reaver meu cargo, até porque eu era servidora contratada e poderia ser demitida a qualquer momento, mas sim para limpar minha imagem. Não roubei nada e quero que essa condenação seja anulada”, encerrou.

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