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Cidades Quinta-feira, 24 de Abril de 2025, 13:53 - A | A

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Usou carro oficial

Relatório revela premeditação e frieza do padrasto no feminicídio da jovem Heloysa

Suspeito orientou comparsas a simular arrombamento e não demonstrou qualquer emoção ao ser informado da morte

Rojane Marta/ VGN

O relatório da Polícia Civil de Mato Grosso sobre o feminicídio que vitimou a adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, 16 anos, em Cuiabá, revelou a frieza e o grau de premeditação do crime, atribuído ao padrasto da jovem, Benedito Anunciação de Santana. O documento, produzido pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA), indica que o acusado orientou os comparsas a encenar uma falsa invasão para despistar os investigadores e ocultar seu envolvimento no crime.

Conforme o relatório, Benedito levou os três suspeitos, incluindo seu próprio filho, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, até a residência da família dentro de um carro oficial, por volta das 15h do dia 22 de abril. Ainda segundo os depoimentos, ele recomendou que os autores sujassem os pés de lama para simular que haviam pulado o muro da casa, mesmo tendo sido conduzidos até o local pelo portão principal.

As câmeras de segurança de vizinhos, no entanto, desmentiram a versão forjada: o veículo usado por Benedito foi o único a entrar e sair da residência naquele intervalo de tempo. Não havia sinais de arrombamento, reforçando que a entrada foi facilitada por alguém da própria casa.

O documento também registra a ausência total de reação emocional de Benedito ao ser informado pela Polícia Civil da morte de Heloysa. Segundo os investigadores, ele foi conduzido à delegacia e, ao receber a notícia do falecimento da enteada e ver uma foto de seu filho Gustavo, não demonstrou qualquer expressão de surpresa, tristeza ou indignação. O comportamento reforçou a convicção dos policiais sobre sua participação direta na articulação do crime.

Em depoimento posterior, o jovem J.L.F.D.G., um dos envolvidos, afirmou que Benedito havia dito que se passaria por vítima e negaria qualquer participação. O suspeito também teria instruído os comparsas a matarem Suellen de Alencastro Arruda, mãe da adolescente, o que não foi concluído porque a vítima resistiu.

A investigação concluiu que Benedito agiu motivado por ciúme da ex-companheira e usou o filho para intermediar o contato com os outros executores. A polícia indiciou os quatro envolvidos pelos crimes de feminicídio, tentativa de homicídio, roubo majorado e ocultação de cadáver.

O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público, que deverá formalizar a denúncia nos próximos dias.

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