O ex-secretário de Viação, Obras e Urbanismo de Várzea Grande, Gonçalo Barros (PMDB), em contato com o VG Notícias, contestou às declarações do ex-senador Jaime Campos (DEM), sobre o contrato e o valor da massa asfáltica, comprada na gestão passada. Segundo o democrata, a gestão anterior pagava R$ 400 por cada tonelada de asfalto, enquanto a atual gestão compra do mesmo produto por R$ 200 – metade do valor. A declaração do democrata foi feita na manhã de sexta-feira (04.09), em discurso no mutirão de cidadania “Prati-Cidade”, no bairro Jardim Ikaray. Clique Aqui confira matéria relacionada.
Porém, Gonçalo desmentiu o ex-senador e frisou que não está saindo em defesa do ex-prefeito Walace, mas, que atual gestão fale a verdade à sociedade. “O povo precisa saber a verdade”.
“Não é verdade o que ele está dizendo. Eu tenho todos os contratos, a massa asfáltica custava aplicada R$ 311,00 a tonelada. Somente a massa custa até menos que R$ 200. Este valor era para o fornecimento e aplicação da massa. Você tem que ter honestidade com informação. Até porque esse preço é regulamentado na tabela do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), é preço nacional, é preço que eles próprios estão praticando”, disse Gonçalo.
De acordo com o ex-secretário, a massa que a atual gestão está usando foi adquirida por meio do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que ele fez com o Ministério Público (MP) quando estava à frente da pasta.
“O que eles aplicaram até agora foi o negócio do TAC que eu deixei no Ministério Público protocolado. O preço são os mesmos, eles não tiveram a competência sequer de licitar, eles estão usando o mesmo contrato que a gente deixou”, criticou.
Ainda segundo Gonçalo, o preço da massa asfáltica usinada CBUQ é R$ 200,00 a R$ 220,00, mas não foi este asfalto que Jaime usou quando foi prefeito. “Pintaram a cidade inteira de preto e chamaram de asfalto, enganando o povo e virou esse caos que é”.
Gonçalo ainda desafiou o ex-senador, dizendo que ser for verdade o que ele denunciou, Jaime tem que procurar os órgãos fiscalizadores e oficializar a denúncia. "Se é verdade o que está falando, Jaime deve oficializar denúncia ao MP, nem que seja com o CPF da esposa".
Gonçalo Barros reiterou que não está defendendo à administração do ex-prefeito Walace Gimarães, “nada disso, estou defendendo o que foi feito dentro da Secretaria de Obras e que eu respondo”, enfatizou.
Ele disse, que ao deixar a pasta, foi ao Ministério Público e entregou relatório de todas as atividades, contratos e valores a fim de se resguardar, já que segundo ele, este tipo de “falácia” seria prática do democrata. Ele disse ainda, que entregou uma cópia de todas as ações, contratos e TACs à prefeita Lucimar Campos (DEM).
Conforme o ex-secretário, os gastos da Secretaria de Obras de janeiro a julho, segundo consta do portal Transparência da Prefeitura é menor que a Guarda Municipal. “A Secretaria de Obras gastou R$ 2 milhões e pouco. Secretaria de Serviços Públicos R$ 9 milhões e Guarda Municipal R$ 4 milhões”.
“Jaime Campos está falando tolice sem tamanho e está dando tiro no pé. É um cara esperto não é possível falar uma coisa dessas. Eu não mexo em política, não quero saber de política. Gostaria que quando fizesse a denúncia, fosse com isenção, com responsabilidade só isso. O povo precisa saber da verdade, isso aí não existe”, repudiou.
Gonçalo garantiu que tem cópias dos contratos com a empresa fornecedora de massa asfáltica que comprovam a sua afirmação. “Eu levei para casa, tirei cópia de tudo, eu guardei porque sabia dessa prática. O contrato que eles estão denunciando é o mesmo que eles estão usando. Eles estão pagando para a empresa. A massa custa R$ 200 e pouco para o fornecimento, porém, para aplicar a massa é que varia de R$ 305 a R$ 316. O preço que estão pagando hoje é o mesmo”.
“Ele tem que denunciar tudo, como por exemplo, o contrato que Walace pagou para o Garcez, e que a Procuradoria recorreu errado. Isso sim, fazer a coisa certa, já que o valor pago para ele poderia ter comprado muitas toneladas de massa, porque não denuncia isso”? questionou
“Nós recapeamos 200 km de vias. Foram mais de 100 ruas, era para recapearem 700 km, mas ficaram 500 km sem fazer. Tudo foi pago com dinheiro da Secretaria. Eu parecia vendedor, pedindo nas Secretarias, pendurado no governo do Estado, correndo atrás de TAC. Até me sinto agredido, se tiver alguma para denunciar que faça a denúncia, mas não saia atirando desse jeito ai”, finalizou.
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