A situação do saneamento básico em Alto Araguaia, localizado a 418 km de Cuiabá, é alarmante, conforme denúncia recebida pela reportagem do . O município enfrenta graves problemas na gestão do tratamento de esgoto e água, o que coloca em risco a saúde pública e o meio ambiente. O Rio Araguaia, um dos principais cursos d'água do Brasil, tem sido diretamente afetado pela falta de infraestrutura e gestão adequada.
Problemas no Tratamento de Esgoto
A denúncia encaminhada à reportagem do , por uma moradora do município, aponta que a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Alto Araguaia deveria tratar ao menos 22% do esgoto produzido. No entanto, atualmente, não realiza qualquer tratamento, devido à falta de materiais, insumos e produtos. Como consequência, forma-se espuma, que é dispersa pelo vento nas casas próximas, causando mau cheiro e proliferação de insetos.
Além disso, não são realizados testes de eficiência do tratamento de esgoto, em contrariedade às normas da ABNT, que exigem análises laboratoriais periódicas. A denúncia também aponta a liberação de gás metano diretamente na atmosfera, um gás 25 vezes mais nocivo ao meio ambiente do que o dióxido de carbono.
Impactos na Saúde Pública
A falta de tratamento adequado do esgoto tem causado um aumento nos casos de doenças como chikungunya, dengue, problemas de pele, diarreia aguda e hepatites A e E. A população, especialmente a mais pobre, sofre com a contaminação dos alimentos por moscas que pousam no esgoto e com a desvalorização dos imóveis devido ao mau cheiro e à proliferação de insetos.
Falhas no Tratamento de Água
A captação de água no município é feita no Rio Gordura, que sofre com o assoreamento, causado pela ausência de matas ciliares. A água que chega às casas dos moradores é apenas clorada, sem passar por tratamento adequado. A estação de tratamento de água, concluída há mais de sete anos, nunca foi utilizada devido à falta de gestão administrativa e de profissionais capacitados.
Necessidade de Ação Imediata
"É urgente que o município de Alto Araguaia busque recursos junto ao governo federal e a organismos internacionais para tratar todo o esgoto produzido e melhorar a captação e o tratamento de água. A situação atual é inadmissível e representa um desrespeito ao meio ambiente e à saúde da população", afirma trecho da denúncia recebida pela reportagem.
Outro lado
A reportagem tentou contato com a Prefeitura, porém sem êxito. Entretanto, o espaço permanece aberto para manifestação.
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