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Cidades Segunda-feira, 04 de Março de 2019, 10:25 - A | A

Segunda-feira, 04 de Março de 2019, 10h:25 - A | A

Vergonha

Escola de “lata” em MT mostra precariedade da educação e exposição de alunos a condições desumanos

Gislaine Morais/VG Notícias

Reprodução/Vídeo

Contêineres

 

Mato Grosso foi mais uma vez exposto negativamente ao país pelas péssimas condições que alunos da rede estadual de ensino são submetidos. O Fantástico, da Rede Globo, mostrou nesse domingo (03.03), uma triste realidade - alunos  "jogados" em contêineres sem as mínimas condições - que chega a ser desumano.

O então governador do Estado, Pedro Taques (PSDB), alugou 110 contêineres para nove escolas da Capital e do interior do Estado, entre elas, Escola Professora Hermelinda de Figueiredo - e em Rosário Oeste (a 117 km de Cuiabá) a Escola Municipal José Pedro Gonçalves, alunos estudam em “Escola de lata”, nome dado por eles, para a estrutura de metal.

Na Escola Professora Hermelinda de Figueiredo os módulos de metal são usados como sala de aula para 160 alunos. Foram instalados depois que uma tempestade destruiu metade da escola em 2017. A previsão para reforma seria de seis meses, mas quase um ano e meio depois os buracos no teto ainda estão lá.

As empresas dona dos contêineres alegam que o Governo não paga o aluguel desde julho do ano passado, por isso não está sendo feita a manutenção. Devido  a situação, os ares-condicionados estão caindo aos pedaços, fios estão descobertos e quando chove, chove mais lá dentro.

Ainda segundo informações, os contêineres não foram vistoriados pelo Corpo de Bombeiro. De acordo com a secretária de educação, Marioneide Kliemaschewsk, que estava na gestão de Pedro Taques e permaneceu na atual gestão de Mauor Mendes, disse que será encaminhado uma equipe técnica para verificar a situação e as medidas que poderão ser tomadas. “Essa será uma ação que vamos adotar para garantir a segurança das crianças”, afirmou Marioneide.

Na comunidade rural no interior de Mato Grosso, uma estrutura de metal reflete o sol escaldante. O anexo da Escola Municipal José Pedro Gonçalves que fica no município de Rosário Oeste, ano passado, um terço dos alunos abandonaram os estudos, motivo segundo os pais é a estrutura.

Para o aluno Laurito, estudar lá não é bom, porque o calor é sufocante. “Eu não gosto muito de lá não. Lá nos contêineres é impossível sobreviver. Lá é muito quente, parece um forno gigante”, disse o menino.

A escola não tem refeitório e nem biblioteca, os banheiros são em outro anexo e não tem portas. Segundo o presidente dos Sindicatos dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, Valdir Pereira, a situação é tão precária que o profissional acaba ficando doente.

Reprodução Fantástico

Escola de Lata

 

 

 

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