Por reajuste salarial e redução da jornada de trabalho, aproximadamente 5 mil profissionais de enfermagem de Cuiabá paralisaram as atividades nesta segunda-feira (1º). Eles reivindicam piso salarial de R$ 1 mil para técnicos de enfermagem. Hoje, fixado em R$ 827. A paralisação ocorre por tempo indeterminado, de acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Dejamir Soares. Ao todo, rede privada conta com cerca de 5 mil profissionais da área.
O Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso (Sindessmat) informou ao G1 que terá uma reunião na manhã desta segunda-feira para avaliar as reivindicações da categoria. No entanto, ainda não fez nenhuma contraproposta aos grevistas.
Conforme o presidente da entidade, os representantes dos hospitais ofereceram reajuste de R$ 50, o que foi recusado pela categoria. Os profissionais cobram ainda reajuste do piso salarial dos enfermeiros, de R$ 1.627 para R$ 2 mil, além de reajuste no valor da cesta básica, que hoje é de R$ 120. A categoria pede ainda a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 30 horas semanais. "A única profissão que não tem jornada de trabalho definida em lei é a dos enfermeiros", reclamou o sindicalista.
Durante a greve, 30% dos serviços devem ser mantidos. Somente dois hospitais de especialidades médicas da capital não aderiram à paralisação.
Em assembleia, enfermeiros e técnicos de enfermagem decidiram deflagrar greve também na rede municipal de saúde. No entanto, a principal cobrança é em relação à falta de estrutura e condições de trabalho. "Temos que reanimar pacientes no chão por falta de leitos. Também faltam medicamentos e materiais de trabalho", pontuou.
Outra reclamação é a falta de locais para que os servidores possam repousar durante os plantões, no Pronto-Socorro de Cuiabá. A redução da jornada de trabalho também é uma reivindicações da categoria. O projeto de lei que trata da questão encontra-se em tramitação no Congresso Nacional.
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