Medo, insegurança e tristeza, são os sentimentos mais presentes, atualmente, na vida dos profissionais de enfermagem, não só de Mato Grosso, mas de todo o Brasil. Unidades de saúdes lotadas, saúde colapsada, enfim, a segunda onda da covid-19 tem se tornado um caos generalizado.
E no meio deste caos estão os profissionais da saúde, enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem, anestesistas, fisioterapeutas, e vários outros profissionais que compõem esse time contra o vírus mais devastador do universo.
Ao VGN, um enfermeiro, lotado no Hospital Estadual da Santa Casa, que atualmente das 50 Unidades de Terapia Intensiva para tratar pacientes com Covid-19, 49 estão ocupadas, refletindo uma taxa de ocupação de 98%, relata em poucas palavras o temor que tem passado e a preocupação pelo fato de a população não fazer sua parte.
“A verdade é que os hospitais e às UPAs estão muito além da sua capacidade de lotação e às pessoas não entendem isso, nós profissionais estamos adoecendo e morrendo pra nada, porque nada muda. Ou nos unimos em prol de todos ou morreremos todos porque suporte para todos não temos” desabafa.
O profissional, que não terá a identidade revelada, conta ainda que notou nesta segunda onda, um aumento de casos da covid-19 em crianças. “Cada dia aumenta mais, mais ainda estamos conseguindo prestar os atendimentos necessários. Mas realmente tem mais casos de crianças contaminadas dessa vez, isso é verdade” diz, ao ser questionado pela reportagem do oticias sobre um áudio que circula nas redes sociais falando que a unidade abriu plano de contingência para receber crianças com covid-19.
Ele destaca que o áudio é falso, pois há controle nos casos, contudo, opina que a nova variante está sendo a causa de muitas internações por parte dos mais jovens, sem comorbidades alguma e muitas vezes a causa da morte também. Ele acredita que o aumento de casos é uma junção de fatores: “falta de distanciamento, às pessoas não usam os cuidados que têm que ter, não ficam em casa, não têm os cuidados necessários com suas máscaras, algumas nem fazem uso da máscara, e aliado a tudo isso a vacina que não chega”.
O que o Governo Estadual tem feito na segunda onda – Em Mato Grosso, para conter o avanço da Covid-19 o governador Mauro Mendes (DEM) implantou medidas mais duras, que devem ser seguidas até 04 de abril, entre elas, constam: toque de recolher às 21 horas e fechamento dos comércios às 19 horas de segunda a sexta. Sábado o comércio pode abrir até às 12 horas, restaurantes até às 14 horas e supermercados até às 19 horas. No domingo até às 12 horas.
O Governo de Mato Grosso também tem feito esforços para tentar comprar diretamente vacinas contra a covid-19. Já que a vacinação no Estado caminha a passos lentos, por falta de doses.
Ao todo foram distribuídas 334.360 doses de vacina em Mato Grosso, desse total, 177.958 doses foram aplicadas na população alvo (grupos prioritários).
Segundo dados do Governo, a população alvo é de 1.121.971 pessoas, deste total, 125.622 foram convocadas.
Cuidados que a população deve ter para evitar o vírus, além de NÃO SE AGLOMERAR:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, incluindo o espaço entre os dedos, as unhas e os punhos;
- Lavar as mãos principalmente antes de comer e após tossir ou espirrar;
- Se não tiver água e sabão, usar desinfetante para as mãos à base de álcool 70% (líquido ou gel);
- Evitar tocar nos olhos, o nariz e a boca com as mãos não lavadas;
- Usar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir com um lenço de papel descartável ou com a parte interna do cotovelo (nunca com as mãos);
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares;
- Evitar contato com pessoas que não estejam no seu convívio muito próximo;
- Evitar sair de casa;
- Se precisar sair, usar máscara (comprada ou caseira) como medida de proteção coletiva;
- Evitar locais de aglomeração;
- Pessoas doentes devem procurar a unidade básica de saúde, usando máscara e evitando o contato físico com os demais. Após serem atendidas, precisam fazer isolamento;
- Grupos vulneráveis, como idosos, crianças, gestantes, pessoas com doenças crônicas ou com imunodeficiência, devem ficar mais atentos às manifestações clínicas;
- Profissionais de saúde devem seguir medidas de precaução, evitando contato físico e se protegendo de gotículas. Para isso, é fundamental o uso de EPIs (máscara cirúrgica, luvas, avental e óculos de proteção).
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