Neste mês, Maria Vitória da Silva Matos, 10 anos, moradora do bairro Água Vermelha, em Várzea Grande, morreu vítima de meningite. Neste ano, cerca de 12 casos da doença foram registrados em Várzea Grande. Em Mato Grosso, há registros de 95 casos. Apesar deste número, não é considerado situação de surto. Porém, a vacinação é importante para proteger contra a doença.
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Conforme a Secretária de Estado de Saúde (SES-MT), os exames de Maria Vitória apontaram uma meningite bacteriana de baixa transmissibilidade, ou seja, a família e demais contatos da paciente estão fora de perigo de contaminação.
A meningite é uma inflamação das meninges, as membranas que envolvem o cérebro. Esta doença é causada, principalmente, por bactérias ou vírus, portanto existem diversos os tipos de meningites, sendo elas meningite bacteriana, viral, fúngica e parasitária. Nem todas são contagiosas ou transmissíveis.
A princípio, pessoas de qualquer idade podem contrair meningite, mas as crianças 6 meses a 1 ano são as mais vulneráveis ao meningococo porque geralmente ainda não desenvolveram anticorpos para combatê-la.
No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, e os casos são esperados ao longo de todos os anos, contando também com ocorrência de surtos e epidemias ocasionais.
A doença pode ser transmitida através da fala, tosse, espirros e beijos, passando da garganta de uma pessoa para outra. Nem todos que contraem o meningococo, ficam doentes, pois o organismo se defende com os anticorpos que cria através do contato com essas mesmas bactérias, adquirindo, portanto, resistência à doença.
É uma doença grave e devemos estar em alerta para os sinais e sintomas, porque, se diagnosticada e tratada no início, pode ser curada sem deixar sequelas. Qualquer caso de meningite precisa ser comunicado às autoridades sanitárias, pelo médico ou pelo hospital onde o paciente está sendo tratado.
Manter o cartão vacinal atualizado é a principal forma de se proteger da meningite. Há quatro vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) que protegem contra a doença: BCG, Pentavalente, Pneumocócica 10 valente e Meningocócica C.
Para se prevenir, também é necessário ficar atento aos sintomas, que são: febre alta, dor de cabeça forte, vômitos (nem sempre, inicialmente), rigidez no pescoço (dificuldade em movimentar a cabeça), manchas vinhosas na pele, estado de desânimo e moleza.
Os pais precisam estar atentos e observarem os sintomas, principalmente em crianças menores de 5 anos. Os bebês podem apresentar moleira tensa ou elevada, gemido quando tocado, inquietação com choro agudo, rigidez corporal com movimentos involuntários, ou corpo "mole".
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