Na noite de domingo, 15 de outubro, o recebeu uma denúncia de que o Hospital Metropolitano em Várzea Grande havia suspenso seus atendimentos, inclusive no Centro Cirúrgico, para a gravação do filme "Cinco Tipos de Medo", estrelado pela atriz cuiabana Bella Campos. O site também recebeu vídeos, incluindo dois da médica Diandra Vilela, que trabalha na Unidade de Saúde, no Núcleo Interno de Regulação (NIR).
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Ela estava cumprindo seu plantão de acordo com a escala que a reportagem do , teve acesso, no horário das 07h às 19h no domingo. No entanto, após o término de seu expediente, a médica permaneceu no hospital com o objetivo de tirar uma foto com a atriz Bella Campos, protagonista do filme, que motivou a suspensão dos atendimentos médicos.
Entretanto, de acordo com Diandra, a atriz se recusou a tirar a foto, levando a médica a gravar um vídeo dentro do hospital onde critica a atitude da atriz e a chama de "estrelinha". Ela compartilhou esse vídeo em sua conta no Instagram, com mais de 6 mil seguidores. Indignados com a situação, internautas e servidores do hospital encaminharam os vídeos da médica para o site .
Após uma completa verificação das informações por parte da equipe do , incluindo uma nota da Secretaria de Estado de Saúde (SES) admitindo o empréstimo do Hospital Metropolitano para as filmagens, embora tenha omitido a gravação no Centro Cirúrgico, a médica excluiu os vídeos de sua história no Instagram e ainda publicou outro vídeo ameaçando processar o site, alegando uso indevido de sua imagem.
A questão que se coloca é: uso de imagem? Uma médica, servidora pública, grava um vídeo dentro de uma unidade hospitalar, desrespeitando todos os princípios éticos, quando deveria sim, gravar um vídeo questionando a suspensão do atendimento médico a pacientes necessitados de tratamento, mas, preferiu gravar um vídeo para se queixar da atriz que, segundo ela, se recusou a tirar uma selfie para que ela postasse em suas redes sociais. Além disso, a médica e seus advogados ameaçaram processar o site que cumpre seu papel de levar informações à sociedade. Será que se a Bella Campos tivesse atendido seu apelo e tirasse uma foto com ela, e Diandra exibisse em suas redes sociais para ganhar likes - e o , tivesse apenas publicado com elogios a ela, teria sido ameaçado de processo?
A equipe do pede publicamente ao Ministério Público Estadual, órgão competente para fiscalizar e propor ação para proteger a sociedade, que faça uma investigação sobre esse caso, para que nenhuma unidade de saúde em Mato Grosso seja usada como cenário de gravação para filmes. É inaceitável que a Secretaria de Estado de Saúde tenha emprestado o hospital público para este tipo de serviço. Um local onde os parentes não podem acompanhar seus doentes a fim de evitar infecção hospitalar recolher um número grande pessoas envolvidas na filmagem. Um absurdo, o secretário de Saúde parecer ter perdido o controle. Só pode!
Fica aqui o apelo para que o Ministério Público faça alguma coisa, para que este tipo de comportamento não se repita. A reportagem do , entrou em contato com assessoria do MP para ouvi-lo, mas houve uma solicitação para que a denúncia seja oficializada via Ouvidoria, e que não há necessidade de se identificar. A assessoria do MP informou ainda que o promotor não pode se posicionar sem oficialização. Diante disso, a diretoria do vai encaminhar oficialmente o vídeo em que a médica ameaça o site, e o vídeo gravado por ela no interior do Hospital Metropolitano.
A imprensa precisa ser livre para levar informação com seriedade, sem medo de processo e sem medo de ameaças!
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