A defensora pública-geral de Mato Grosso, Luziane de Castro, formalizou uma representação ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, exigindo o afastamento imediato dos policiais envolvidos na prisão ilegal do defensor público André Rossignolo e do procurador do Estado Daniel Gomes. O incidente ocorreu na noite do dia 3 de julho, no bar Tatu Bola, no bairro Popular, em Cuiabá.
Os servidores estavam no bar com amigos após assistirem ao jogo entre Cuiabá e Botafogo, na Arena Pantanal, quando um homem entrou no local ensanguentado e pedindo socorro. Em seguida, três policiais militares também entraram no estabelecimento e imobilizaram o rapaz. O conflito começou quando o defensor público e o procurador tentaram intervir na abordagem policial, que consideraram truculenta e abusiva. Leia mais: Novo vídeo mostra abordagem violenta de PMs na Praça Popular; defensor e procurador foram presos ilegalmente
Durante a reunião com o comandante-geral, Luziane de Castro enfatizou a necessidade de uma investigação rigorosa e da responsabilização dos policiais.
Entre as medidas solicitadas pela defensora pública-geral estão a instauração de um procedimento administrativo para investigar as ações dos policiais, visando à responsabilização por condutas arbitrárias e truculentas, e o afastamento cautelar dos oficiais até a conclusão do procedimento. Além disso, a representação será encaminhada ao Ministério Público para providências adicionais.
"Estivemos em reunião com o comandante para garantir que os fatos sejam apurados corretamente e que os responsáveis sejam punidos. Reafirmamos nossa confiança na Polícia Militar e discutimos parcerias para que a Defensoria participe da formação dos oficiais, oferecendo capacitações", afirmou Luziane de Castro.
O comandante-geral, coronel Alexandre Mendes, assegurou que as ações dos policiais envolvidos não refletem a conduta da instituição e que está pessoalmente acompanhando o caso. "As imagens do restaurante são claras e mostram que os policiais se excederam. Reafirmo nosso respeito e admiração pelos profissionais da Defensoria e da Procuradoria. A Polícia Militar quer esclarecer os fatos e não tolera condutas inadequadas", declarou o coronel Mendes.
A Corregedoria da PMMT está conduzindo a investigação do caso.
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