Motoristas que usam o Gás Natural Veicular (GNV) em Várzea Grande e Cuiabá prometem “fechar” empresa Gnc-Brasil, em razão do aumento repentino de 30 centavos no preço do combustível nesta terça-feira (09.11).
Ao , o motorista, Herlon Bezerra de Carvalho, relatou que o reajuste veio de surpresa e sem apresentar solução para as filas gigantescas para abastecer nos três postos que fazem o atendimento em Cuiabá e Várzea Grande. “O preço do gás GNV aumentou do nada, as filas continuam a mesma coisa. O preço antes era R$ 2,89 e a MT GÁS aumentou para R$ 3,19”, reclamou o motorista.
Ao , a presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativo do Estado de Mato Grosso - SINDMAAP/MT -, Solange Merado Moares reclamou da falta de comunicação com os motoristas que repassou um aumento sem diálogo com a categoria. “A culpa é da MT Gás porque nenhum lugar iria aumentar sem aval deles. Existe representação da classe, que o Aldo, a Gnc-Brasil poderia procurar para pelo menos comunicar, ouvir os motoristas e não fizeram nada disso, passaram por cima e nós não vamos ficar calado.”
Solange Merado relatou que a categoria organizou uma manifestação nesta quarta-feira (10.11) contra o aumento. Ela garantiu que os motoristas prometem "fechar" a empresa Gnc-Brasil, responsável pela distribuição de gás GNV em Cuiabá.
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“Estamos fazendo uma paralisação amanhã, às 7 horas da manhã sairemos da Orla do Porto e vamos fechar a empresa Gnc-Brasil. Não somos contra o aumento, porque houve um acordo com a MT Gás, que aumentaria 0,50 centavos em março, ou então, depois que eles nos dessem estrutura para abastecimento, mais postos, mais bombas e menos filas”, relatou Solange Merado.
O proprietário da empresa Gnc-Brasil , Aldo Locatelli culpou a MT Gás: “A MT Gás é irresponsável, consequência muito grande, eles sabiam que não tem equipamento, eu mandei nota cobrando equipamento ano passado, pagou e recebeu agora o mês passado, não conseguimos ainda instalar lá no posto Nilson porque não tem cano, aí tem que sair daqui e ir para o Rio de Janeiro e trazer. É isso que está acontecendo, esses caras não sabem. Temos equipamento para transportar, para comprimir cinco vezes o que existe, para comprimir cinco vezes o que está vendendo”, reclamou Aldo.
Ele ainda “detonou” a MT Gás e o presidente Rafael Reis: “Eles sabiam que nós tínhamos colocado posto burro, que é sem compressor, eles sabiam, nós da Gnc-Brasil ficamos perdendo dinheiro levando gás, caminhão voltava com metade do gás para empresa, não descarregava tudo. Esse cara que está como presidente da MT Gás não entende bulhufas nenhuma, é um idiota, prometeu que iria fazer propaganda, prometeu dinheiro para financiar convertedor, aliás, devem para mim, a MT Gás você quer saber deve para mim”, declarou Aldo chamando o presidente de mentiroso entre outras palavras de baixo calão.
Outro lado - o presidente da MT Gás, Rafael Reis informou por meio de nota que a MT Gás solicitou para a AGER a regulamentação tarifária do GNC (que é o preço que a Companhia vende para a empresa distribuidora GNC Brasil). A tarifa foi definida na semana passada, conforme está publicado no Diário Oficial, ficou estabelecida a R$ 1,52, entretanto, a Companhia considerando um valor razoável, resolveu vender para a empresa GNC Brasil ao custo abaixo do permitido e subiu para R$ 1,45. O valor anterior era de R$ 1,35, ou seja, foi acrescido R$ 0,10 centavos.
"A GNC repassou aos postos de combustíveis aumento de custo, subiu o valor de manutenção R$ 0,10 para R$ R$ 0,15 e aumentou o preço do gás revendido aos postos. Em consequência, os postos subiram os preços, observamos que alguns deles subiram de R$ 0,30 a R$ 0,35 centavos o valor cobrado por metro cúbico do consumidor do GNV", cita trecho da nota.
Ainda conforme a nota, a MT Gás não aumentou o preço do GNV porque não é responsabilidade da Companhia.
"Cada posto de combustível pode aplicar seu preço de acordo com o mercado. Nós da MT Gás apenas obedecemos a regulamentação da AGER que estabeleceu R$ 1,52, mas de acordo com nosso levantamento de custo consideramos que R$ 1,45 era viável e foi o que aplicamos", diz nota.
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