A esteticista Edleia Danielle Ferreira Lira, 33 anos, sofreu um choque hemorrágico durante a lipoaspiração, foi o que revelou o diretor do Instituto Médico Legal (IML), João Marcos Rondon, durante coletiva à imprensa, nesta terça-feira (12.06). A esteticista foi submetida a lipoaspiração, no dia 10 de maio, no Hospital Militar, em Cuiabá.
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A morte, segundo o diretor, ocorreu devido à perda repentina de hemoglobina ocasionada pela hemorragia durante a retirada de gordura em decorrência ao procedimento de lipoaspiração, levando a taxas laboratoriais incompatíveis. “A função da perícia médico-legal é estabelecer subsídios para deixar bem claro no Inquérito Policial uma sequência de fatos que estipulam uma lógica sobre o que houve com a suposta vítima desde o momento em que ela entrou no hospital até o momento em que ela foi pro IML’’, explicou Rondon.
Conforme o diretor do IML, os prontuários médicos fornecidos, bem como a certidão de óbito, foram analisados – porém, não constam informações de quantos litros de gordura foram retirados da paciente. Rondon diz que somente pelo laudo não é possível identificar que tenha ocorrido erro médico.
Ele disse ainda, que a esteticista não apresentava um histórico de problemas de saúde - e estava em condições de realizar os procedimentos. Os dois procedimentos realizados duraram aproximadamente seis horas.
No quarto do Hospital Militar, Danielle teria ficado sem pulso e sofreu parada cardiorrespiratória. No entanto, só foi transferida para o Hospital Sotrauma, após algumas horas – porque no Hospital Militar não tem Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Ela foi transferida direto para UTI do Sotrauma, medicada e mesmo assim sofreu várias paradas cardíacas, teve paralisia cerebral e, na sequência, falência múltipla dos órgãos. Edleia ficou internada na UTI por quase dois dias. O diretor do IML, destacou que com o laudo é possível afirmar que houve essa sequência de fatos, da cirurgia a morte do paciente.
Investigação - A delegada Alana Cardoso, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que está reunindo documentos para investigar o caso. Segundo Alana, já foi identificado uma possível responsabilização na esfera criminal - mas as investigações devem apontar os responsáveis pelas consequências que levaram a morte da esteticista.
A conclusão do inquérito é de 30 dias, no entanto, a delegada ressalta que pela da complexidade do caso, pode levar um tempo maior para conclusão do inquérito.
Entenda - Danielle Bueno como era conhecida, morreu em 13 de fevereiro deste ano, após complicações em uma cirurgia plástica realizada no Hospital Militar, em Cuiabá. Segundo informações, Daniele fez uma lipoaspiração e redução de seios pelo programa “Plástica para Todos”, com valores e formas de pagamento mais acessíveis.
Daniele sofreu uma parada cardíaca e foi encaminhada ao Hospital Sotrauma, já que o hospital Militar não possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Rede social - Em sua página no facebook, Simone Bueno, com quem Danielle era casada, disse que é uma dor muito grande saber os motivos da morte da companheira
"PPT ( Plastica Para Todos )
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