A Justiça Federal condenou a mais de 82 anos de prisão, um traficante apontando como “chefão” do tráfico internacional de drogas em Mato Grossp, preso em 2014 durante a Operação Veraneio. Como o processo está sob sigilo, não é possível a divulgação dos nomes dos condenados. A sentença foi proferida em 10 de agosto deste ano.
Além do crime de tráfico internacional de drogas, o traficante foi condenado também por lavagem de capital e formação de organização criminosa. Mesmo estando preso desde 2014, o juiz da 2ª Vara Federal em Sinop (MT), Marcelo Queiroz Linhares, decidiu por não proceder com o abatimento do período na pena privativa de liberdade.
O acusado foi considerado como o líder da organização criminosa, sendo o responsável por manter contato direto com traficantes estrangeiros – marcando as datas, locais e condições das pistas de pouso, variações de preço da droga, pagamentos devidos, códigos transponder, entre outros –, coordenando e financiando a aquisição e preparação e aeronaves para a realização do transporte de drogas, bem como cooptando pilotos e mecânicos para os trabalhos, e até mesmo pessoas da sua família.
Como o traficante não foi capaz de comprovar a origem lícita dos bens móveis – carros, aviões, celulares – e imóveis urbanos e rurais, e valores dos patrimônios que foram apreendidos, sequestrados ou indisponibilizados durante a ação penal, o juiz federal decretou, em favor da União, o perdimento de todos os bens.
Operação Veraneio – As investigações que deram origem a Operação Veraneio tiveram início em dezembro de 2011. De forma ampla, os fatos investigados diziam respeito à suposta atuação, na região norte do estado de Mato Grosso, de organização criminosa dedicada ao transporte aéreo de substância entorpecentes entre a Venezuela e Honduras. Foram realizadas interceptações telefônicas pela Polícia Federal.
A operação foi deflagrada no dia 4 de novembro de 2011, quando foram cumpridos 50 mandados judiciais nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amazonas, além de Mato Grosso. Foram realizadas sete prisões temporárias e apreendidos aproximadamente R$ 13,4 milhões em cheques, cédulas de reais, dólares e euros. Também foram apreendidas aeronaves e carros de luxo. (Com informações do MPF/MT)
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