Profissionais que participaram do processo seletivo simplificado da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Várzea Grande (SMECEL), por meio de análise de títulos, realizado pelo Instituto Nacional de Seleções e Concursos (Selecon) reclamam da pontuação baixa recebida, mesmo comprovando tempo de serviço.
Conforme relato de uma das participantes enviada ao 
, "tem vários profissionais da Educação que teriam como comprovar tempo de serviço, porém, tiveram pontuação baixa. Enquanto, que pessoas que trabalhavam na função de serviços gerais ou técnico de suporte administrativo educacional contou ponto para pedagogo e foi com a pontuação alta, sem ter comprovação do cargo pleiteado."
Outra participante afirmou que houve “falcatrua” no processo seletivo. “Tem uma funcionária que é serviço gerais há 4 anos e estava fazendo faculdade para se tornar professora, ano passado pegou seu diploma, mas nunca exerceu a função até final do ano passado, e nessa seletiva – sendo que para a inscrição precisava apresentar o tempo de serviço – e mesmo sem comprovar, não sei o que ela fez, estourou na pontuação. Os professores que estão há mais de seis anos na rede ficaram para trás. Todos sabem e não fizeram nada”
O diretor de Concursos e Processos Seletivos do Instituto Selecon, Marcus São Thiago, em entrevista ao na quinta-feira (27.01) atribuiu as reclamações ao certame a falta de costume dos profissionais em participar de seletivos. Conforme o diretor, anteriormente, a seleção era feita praticamente dentro das escolas, onde o próprio diretor pontuava e contratava.
Às vezes o candidato fica com expectativa, porque usou aquele tipo de declaração a vida inteira e acha que num edital de concurso público, eu tenho que me adequar ao que ele fazia. Não! Eu botei um edital para todo mundo cumprir e eu tenho que ser rigoroso
“Obviamente, as pessoas iam se perpetuando nas funções e também não tinham o hábito de fazer um seletivo, ainda mais do jeito que foi esse por análise de títulos. Então, muitos candidatos que reclamam, que não foram pontuados, não observaram os detalhes do edital. O edital era claro nas suas exigências e se a banca aceita as exigências para um e não aceita para outro, ela está quebrando a isonomia”, destacou o diretor.
Segundo Marcus, quando os candidatos solicitaram revisões, foram feitas, porém, depois da reanálise, nenhum erro foi encontrado, que pudesse ter um resultado do exame. “Sempre identificamos qualquer situação de burla, ou seja, que o candidato mandou um título de forma a não suprir as exigências a gente tranquilamente informa a Secretaria de Educação, ela, em qualquer tempo pode modificar a situação, inclusive a contratação do candidato”
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Sem mencionar nomes ou casos pontuais, Marcus São Thiago citou como exemplo, o hábito dos candidatos em deduzir algumas exigências do edital: "Ah me envia um documento de experiência, vou enviar, mas tenho que ler, esse documento pode ser qualquer documento? Ou tem que ter detalhes, se você pede uma declaração em papel timbrado adianta me mandar uma declaração de próprio punho, não adianta. Adianta mandar uma declaração sem carimbo e matrícula do servidor que declarou o tempo de serviço? Adianta me mandar por exemplo como título de experiência páginas da carteira de trabalho sem me mandar a folha de identificação do candidato? Como vou saber que é dele? Posso narrar centenas de erros, que acabam zerando a falta de pontuação.”
O diretor afirmou que o resultado final já foi homologado e as pessoas estão sendo chamadas e contratadas: “Ninguém conseguiu provar para a gente, que erramos. Você pode ter certeza, se a gente avalia de forma equivocada e esse candidato tem direito, a gente muda. Agora, tudo tem que respeitar os prazos do edital, porque o edital vincula organizadora, município e candidato”, encerrou.
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