O bloqueio de duas rodovias federais em Mato Grosso, provocados por índios de várias etnias desde a madrugada da última segunda-feira (21.08), pode acarretar no cancelamento de voos, comercias e domésticos, a partir deste sábado (01.09) no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
Com troncos de árvores e pneus em chamas, os índios impedem a passagem de veículos nas BRs 364 e 174, inclusive, os caminhões dos fornecedores de combustível próprio para aviões, prejudicando desta forma, o abastecimento das aeronaves.
De acordo com nota publicada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) muitos caminhões-tanques estão paralisados nas rodovias bloqueadas e não há previsão para o descarregamento nos postos. Isso pode provocar o desabastecimento de combustíveis.
Bloqueios: Os indígenas reivindicam a suspensão da Portaria 303, da Advocacia Geral da União (AGU), que entra em vigor no dia 24 de setembro. O documento regulamenta a atuação dos advogados públicos e procuradores em processos judiciais envolvendo a demarcação e o uso de terras indígenas.
Atualizada às 16h41min - Índígenas liberam rodovias; PRF já organiza o trânsito:
As BRs 364 e 174 estão sendo liberadas. Os índios desfizeram o bloqueio sob a condição de entrarem em negociação com o Ministério da Justiça.
Em um primeiro momento, o trânsito nas rodovias seguirá lento. Mas a Polícia Rodoviária Federal está nas regiões de maior reunião de caminhoneiros para organizar o tráfego de veículos.
“Mato Grosso tira deste evento uma grande lição. De uma forma dolorosa, mas todos conseguem ver a importância do segmento de transporte de cargas para o nosso Estado. Agora cabe ao Ministério da Justiça ouvir e negociar com os índios até para não se correr o risco de ter a rodovia fechada novamente”, explica Gilvando Alves de Lima, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas em Mato Grosso (Sindmat).
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