Após criticar, em rede nacional, as medidas adotadas por governadores e prefeitos para conter a proliferação do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou na manhã desta quarta-feira (25.03), que os chefes do poder Executivo estadual e municipal estão cometendo um “crime” e “arrebentando com o Brasil”.
“O que estão fazendo com o Brasil alguns poucos governadores e alguns poucos prefeitos é um crime. Eles estão arrebentando com o Brasil. Estão destruindo empregos”, disse à imprensa em frente ao Palácio Alvorada.
Em outro momento de sua fala, Bolsonaro se refere diretamente aos governadores do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e São Paulo, João Doria (PSDB), que, segundo ele, estão fazendo uma “demagogia barata” em relação ao Covid-19 e, para esconder outros problemas. "Estão se colocando junto à mídia como “salvadores da Pátria”
No pronunciamento exibido ontem a noite (24.03), Bolsonaro questionou a suspensão das aulas. “O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Então, por que fechar as escolas?” Entretanto, pouco depois ele afirmou que é preciso preservar os grupos de risco. “Devemos sim é ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros, em especial aos nosso queridos pais e avós”.
Questionado, na manhã de hoje, sobre como isso de fato funcionaria na prática, Bolsonaro sugeriu o isolamento vertical, em que somente os idosos ficariam reclusos do convívio social. “Tem que pegar o idoso e isolá-lo em hotéis ou em casa. Cada filho cuida do seu pai ou do seu avô. Não quer que eu contrate uma pessoa para cuidar de cada idoso? É impossível”, finalizou.
Hoje, novamente Bolsonaro pediu que a população saia de casa e a reabertura do comércio. Ele ainda afirmou que “ficar em casa é atitude de covarde”. Bolsonaro também chegou a comparar o coronavírus à chuva. “Se chover, você vai ter que enfrentar, com ou sem guarda-chuva”.
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